02 fev Mudança no regime da Comcap não elimina velhos problemas como greves e caminhões quebrados
A Comcap (Autarquia de Melhoramentos da Capital) voltou à pauta do dia em Florianópolis com a greve relâmpago deflagrada pelos trabalhadores na manhã desta quinta-feira (1º). Eles pararam depois que os funcionários perceberam alterações no pagamento das horas extras feitas em janeiro. Às 13h, a paralisação foi encerrada com a apresentação da correção por parte do município.
Mas os problemas na autarquia ainda parecem longe de serem resolvidos. Aliás, seguem sendo os mesmos de anos atrás. Segundo trabalhadores, nesta quinta-feira (1º), dos 60 caminhões da frota, 40 estavam quebrados. “Uma coisa leva à outra, sem caminhões os roteiros ficaram atrasados e isso resultou em muita hora extra. Só que o município não pagou a hora extra de todo mundo”, afirmou Renê Munaro, presidente do Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal).
O fim da greve foi acordado diante do compromisso do município em manter uma frota mínima. Na próxima terça-feira (6), os trabalhadores voltarão a se reunir para avaliar o acordo. “Retomamos o trabalho porque também sabemos que o cidadão, sem o serviço, sofre tanto quanto o trabalhador”, disse Muraro.
Os trabalhadores cobraram 35 caminhões disponíveis para as coletas. O município anunciou que 29 veículos já estavam prontos para o trabalho no início da noite de ontem.
Se não bastasse, esta semana o MPT-SC (Ministério Público do Trabalho) ajuizou ação civil pública contra a autarquia com pedido de indenização por danos morais coletivos em valor não inferior a R$ 8 milhões. Segundo o MPT-SC, em inquéritos civis conduzidos pelos procuradores Keilor Heverton Mignone e Sandro Sardá ficaram comprovadas jornadas de até 15 horas e 30 minutos feitas por garis na coleta de resíduos sólidos, principalmente na alta temporada de verão, entre outras irregularidades.
(Veja Matéria completa em ND, 01/02/2018)