Iphan não tem plano de controle para visitação na Ilha do Campeche

Iphan não tem plano de controle para visitação na Ilha do Campeche

A Câmara de Vereadores de Florianópolis deverá chamar uma reunião ampliada na Comissão de Turismo para discutir a visitação e a exploração do turismo na Ilha do Campeche durante o verão. Nesta segunda-feira (8), o vice-presidente da comissão, vereador Vanderlei Farias, o Lela (PDT), protocolou pedidos de informação no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), responsável pela gestão da ilha, e na Capitania dos Portos. No início desta semana, as reportagens publicadas pelo ND e pela RICTV Record revelaram que o número de visitantes na temporada tem extrapolado quase que diariamente a cota máxima de 800 pessoas.

O excesso de pessoas na Ilha do Campeche estaria contribuindo para a aceleração da degradação do patrimônio nacional, um dos oito sítios arqueológicos do país inscritos no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Diversas trilhas estão fechadas por falta de manutenção e a proliferação de espécies exóticas poderá alterar em poucos anos as características do local.

Campeche
Atualmente, três associações de pescadores fazem o transporte autorizado de passageiros. São 29 viagens diárias que não podem passar de 800 visitantes. Segundo o Iphan, a principal causa da superlotação da Ilha do Campeche se dá por conta das embarcações não autorizadas que exploram comercialmente passeios até a ilha. O que estaria ocorrendo com maior frequência desde a temporada passada. Segundo monitores, não são raros os dias em que o número de visitantes chega a 1.300, quase 400 pessoas além da capacidade máxima.

Novas formas de garantir que visitações continuem sendo feitas sem que o patrimônio natural e arqueológico corra risco são estudadas, no entanto, até o momento não se sabe com isso será feito e nem quando. “Não há um modelo a ser seguido para a regulação definitiva do transporte em relação ao limite de desembarques. Trata-se de um processo em construção e constante melhoria para o qual ainda não há prazo definido”, informou Regina Helena Meirelles Santiago, chefe da Divisão Técnica do Iphan.

(Confira Matéria completa em ND, 09/01/2018)