Depois do tropeço inicial, Florianópolis reestrutura projeto de parcerias público-privadas

Depois do tropeço inicial, Florianópolis reestrutura projeto de parcerias público-privadas

Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 28/12/2017)

Depois da polêmica do aniversário da cidade, principal desgaste político da gestão Gean Loureiro (MDB) e que por pouco não virou CPI na Câmara, o governo municipal reestrutura o Conselho de Desenvolvimento Econômico. O objetivo é correr atrás do tempo perdido e atrair o empresariado para parcerias com o poder público. Se antes do show na Beira-Mar Norte, que suscitou acusações de relações promíscuas entre poder público e empresas, já não era tarefa fácil conquistar adesões, o desafio agora é ainda maior.

Um dos líderes desse processo é o advogado Marcos Arzua. Discretamente, foi nomeado em 21 de agosto para o cargo antes reservado a Doreni Caramori, que se afastou em função do episódio. “Trabalhamos nesses últimos meses na estruturação e composição do conselho para que esteja em condições já no início de 2018”, fala Marcos. Como tem “atuação abrangente e transversal em várias pastas”, há necessidade, segundo o secretário-executivo do Conselho, de sincronia com os programas implementados pela prefeitura em 2017.
Juliano Pires, titular da pasta de Turismo, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, admite o baque causado pelas denúncias envolvendo o aniversário de Florianópolis mas reforça que as parcerias público privadas continuam no radar da administração municipal. “Sempre que acontece um problema, o empresariado se sente inseguro em fazer qualquer investimento”, afirma.

No mês que vem será instituído o comitê gestor das PPPs, que vai avaliar as maiores possibilidades de investimentos. Já se sabe, no entanto, que as prioridades são o Parque Marina da Beira-Mar Norte e iluminação pública. Também está prevista para o final de janeiro a contratação de uma empresa de consultoria para ajudar nos estudos de viabilidade técnica e econômica das propostas.