17 nov ONG faz sucesso ao focar na criação de aplicativos sociais
Da Coluna de Fabio Gadotti (ND, 16/11/2017)
Diretor do Tinder para a América Latina, o italiano Andrea Iorio passou por Florianópolis na semana passada para um evento sobre empreendedorismo promovido pela CDL Jovem. Mas além de de compartilhar sua bem-sucedida trajetória no meio corporativo, e as estratégias do aplicativo de relacionamentos, o jovem executivo falou sobre o uso da tecnologia para a criaçao de plataformas de alcance social. Ele é um dos criadores, ao lado de Alessandro Telles, da ONG Apps do Bem.
Como surgiu a ideia de desenvolver aplicativos voltados à área social?
Nasceu primeiramente de uma lacuna no mercado de aplicativos que eu e o Alessandro Telles, cocriador da ONG Apps do Bem, percebemos. O setor privado não tem interesse financeiro em criá-los – pois serão gratuitos e difíceis de monetizar – e o setor público tem falta de prioridade na área tecnológica. Então pensamos em reunir voluntários para trabalhos sociais tecnológicos. O primeiro aplicativo é o Ajuda Já, voltado à prevenção do suicídio. Funciona como um botão de pânico. Em vez de ligar para alguém ou digitar uma mensagem, a pessoa pode apenas apertar esse botão, que enviará um SMS com um texto pré-formatado a três contatos de confiança dessa pessoa (cadastrados na primeira vez que se baixa o aplicativo) e a localização de onde a pessoa está.
Uma de suas dicas é treinar para “estar aqui e agora”. A meditação ajuda nisso?
Com certeza, mas quero também ampliar as coisas que podem ajudar as pessoas a estarem no presente, aqui e agora, e não no passado ou no futuro. Inclusive é o que o budismo ensina há milhares de anos como a solução para o sofrimento e a dor humana. A meditação é importante, não enxergada necessariamente como transcendental, mas como respiração e postura corretas. Mas tem muitas atividades que podem ajudar, como o esporte. O grande objetivo é desenvolver uma atividade autotélica, onde qualquer atividade te traz prazer e te coloca no momento presente.