30 out Florianópolis Cidade Criativa Unesco da Gastronomia
Parece incrível, mas mesmo tendo sido a primeira cidade do Brasil a obter esse título, em 2014, às custas de muito trabalho e da mobilização de uma série de entidades, Florianópolis tem uma verdadeira grife ainda subutilizada. O alerta é de Anita Pires, presidente da Associação FloripAmanhã, parceira do movimento Floripa Sustentável. Anita lembra que foram seis anos batalhando pela chancela e que, agora em 2018, haverá uma reavaliação pela UNESCO. Houve avanços, mas ainda há muitos desafios para que a cidade se mantenha nesse grupo exclusivo formado por apenas 18 cidades no mundo.
Anita diz que é preciso que a sociedade escolha Florianópolis como uma causa maior, acima de diferenças e interesses, para trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável e da construção de uma cidade criativa e inteligente. Pensar no futuro, sim, mas cuidando do passado precioso que nos deixou uma cultura tão rica, presente de maneira forte na gastronomia. “Somos uma cidade turística, um dos destinos preferidos do Brasil e que encanta cada vez mais os visitantes estrangeiros. Temos que nos apropriar de nossos diferenciais culturais. De todos eles, com orgulho. E fazer com que essa valorização se reflita em mais emprego, renda qualidade de vida, que é o que toda cidade precisa”, afirma ela.
A presidente da FloripAmanhã lembra ainda que é fundamental qualificar os estabelecimentos em termos de atendimento e, em paralelo, ter a garantia de uma legislação que viabilize a atividade de toda a cadeia, dos pescadores aos restaurantes e fornecedores em geral. Anita revela-se bastante otimista com o movimento Floripa Sustentável porque “é uma prova de que a cidade começa a entender que pode muito mais, no momento em que trocar o embate ideológico pelo exercício do diálogo”.
(Floripa Sustentável, 26/10/2017)