Esgoto continua correndo a céu aberto no Riozinho do Campeche, em Florianópolis

Esgoto continua correndo a céu aberto no Riozinho do Campeche, em Florianópolis

Tradicional ponto de encontro de esportistas durante a temporada de verão, o Riozinho do Campeche, no Sul da Ilha, virou local para o despejo de esgoto não tratado. A espuma característica da poluição é encontrada nesse rio e em outros cursos d´água que deságuam na praia. Sem uma resposta dos órgãos de fiscalização da prefeitura, o movimento SOS Campeche Praia Limpa provocou o MP-SC (Ministério Público de Santa Catarina), que instaurou inquérito civil. O bairro não tem estação de tratamento de esgoto da Casan.

O promotor de Justiça Rogério Ponzi Seligman, da 28ª Promotoria da Comarca da Capital na defesa do meio ambiente, instaurou o inquérito com o objetivo de cobrar da Vigilância Sanitária de Florianópolis e da Floram (Fundação Municipal do Meio Ambiente) ações de fiscalização em prazo não superior a 30 dias. Segundo o presidente da Amocam (Associação dos Moradores do Campeche), Alencar Deck Vigano, a denúncia foi feita em março ao prefeito Gean Loureiro (PMDB) e ao secretário de Saúde, Carlos Alberto Justo da Silva, mas a comunidade ainda aguarda uma resposta.

Para Vigano, a solução foi provocar o MP-SC. “Queremos a fiscalização dos órgãos responsáveis, porque estão lançando esgoto in natura na rede pluvial, como comprovamos com os laudos de cinco pontos. Temos um grave problema de saúde pública e de crime ambiental aqui no Campeche”, destacou. A requisição do promotor passou a contar em 5 de outubro com a última juntada de documentos.

Uma parte da rede de esgoto no Campeche está pronta para ser utilizada, mas a estação de tratamento ainda não foi construída. Assim, a responsabilidade de construir a fossa e o sumidouro é de cada morador. Em Florianópolis, 55% dos imóveis estão ligados na rede de tratamento da Casan.

(Confira Matéria na íntegra em ND, 17/10/2017)