18 out Creche reduz impressão de papel, planta árvores e cultiva horta
A palavra de ordem na Creche Municipal de Florianópolis Irmã Scheilla, situada no Campeche, é contemplar, respeitar e preservar a natureza, diante de uma realidade que exige dos ambientes educativos reflexão e planejamento sob a ótica da sustentabilidade. Neste sentido, algumas ações foram tomadas.
Bilhetes, ofícios para os pais ou responsáveis, convites e enquetes são preferencialmente enviados por WhatsApp, Messenger e SMS (torpedos) para reduzir ao máximo o uso de papel A4 . Basicamente, somente comunicados que envolvam dispensa de atendimento de crianças são impressos.
Além disso, a cada cinco mil impressões de folhas, a criançada da creche vai até o quintal para plantar uma árvore frutífera. Já estão cultivando dois pés de ingá. Dentro deste espírito ecológico, em breve, dois pés de graviola terão o mesmo destino.
As impressões malsucedidas, que saíram com alguma falha, não vão para o lixo: viram dobraduras ou são utilizadas para desenhos e pinturas da criançada.
A prestação de contas da creche é totalmente online, via planilhas Google.
A horta da creche vai muito bem. Existe um espaço de quase 400 metros quadrados para plantação. Há cana de açúcar, mamão, beterraba, alfaces lisa, crespa e roxa, aipim, malva, chuchu, hortelã, pimenta, manjericão, funcho (erva-doce), chicória, couve, feijão guandu, espinafre, orégano, girassol, cenoura, tomate-cereja, banana, alecrim, batata-doce, milho, salsinha, cebolinha, brócolis, capuchinha e moringa oleífera.
O que é colhido é aproveitado pelas cozinheiras no almoço, jantar ou lanches das 150 crianças que frequentam a creche. Para tratar a terra, há um espaço de compostagem, que é a prática da reciclagem de matéria orgânica – a exemplo de cascas e restos de frutas, verduras e plantas – que serve para a formação de fertilizante, que por sua vez enriquece o solo.
A horta também conta com um minhocário, onde “residem” minhocas californianas, que possuem maior capacidade de adaptação às condições de cativeiro e à alta produção de adubo.
A ideia do diretor da creche, Diego Alessandro Kair, é que a horta seja mantida durante todo ano. Um plano está sendo montado, para que ocorram mutirões com as famílias e voluntários, no sentido de cuidar do espaço durante os dois recessos escolares, em janeiro, fevereiro e em parte de julho.
(PMF, 18/10/2017)