01 ago SC vai receber unidade de centro de pesquisa sobre o Oceano Atlântico
Da Coluna de Estela Benetti (DC, 01/08/2017)
Os governos de Portugal, Brasil e de outros países banhados ou não pelo Oceano Atlântico estão constituindo um centro internacional de pesquisa marinha, o Atlantic International Research Center (AIR Center), cuja sede brasileira será no Sapiens Parque, em Florianópolis. Nesta segunda, o ministro da Ciência, Tecnologia e Educação Superior de Portugal, Manuel Heitor, visitou a Capital. Veio organizar o próximo encontro de alto nível dessa nova instituição, que será de SC de 20 a 22 de novembro próximo, em Florianópolis. O objetivo é integrar pesquisas e tecnologias visando a preservação de oceanos e geração de renda.
Manuel Heitor se reuniu com o secretário de Estado de Articulação Internacional Carlos Adauto Virmon e o presidente da Fundação de Amparo à Tecnologia de SC (Fapesc), Sergio Gargioni. O ministro veio acompanhado do presidente do CEIIA, um dos maiores centros público-privados de pesquisas de Portugal, José Felizardo; do diretor de Sustentabilidade do CEIIA, Gualter Crisóstomo e da secretária adjunta do ministério, Teresa Tavares.
A nova instituição vai pesquisar a relação entre oceanos e mudanças climáticas, problemas relativos ao excesso de plástico jogado no mar, também estudar ecossistemas marinhos, produção de alimentos vindos do mar e sistemas de energia nos oceanos.
Segundo Manuel Heitor, o objetivo é integrar informações dos vários países e os trabalhos vão envolver o uso de tecnologias espaciais e oceânicas. Entre os países que já participam estão Brasil, Argentina, Uruguai, EUA, Portugal, Grâ-Bretanha, Espanha, África do Sul, China e Índia.
– Vamos unir esforços de atores econômicos, científicos e governamentais para facilitar a geração de empregos, desenvolvimento econômico e social, dando uma nova valorização do Atlântico no mundo – explicou o ministro Heitor, que é doutor em Engenharia Mecânica pelo Imperial College de Londres e um dos incentivadores da economia do conhecimento em Portugal e em outros países.
Entre as empresas e instituições que participam do projeto estão a Embraer, Airbus, Nasa, MIT e Universidade do Texas.
Segundo Gargioni, não será criada uma estrutura nova. Unidades de pesquisa, especialmente da UFSC, serão integradas a esse centro internacional.