25 maio Comissão debate andamento das obras do contorno viário da Grande Florianópolis
Os membros da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa acompanharam, na manhã desta quarta-feira (24), uma apresentação sobre a situação das obras do contorno viário da Grande Florianópolis feita pelo superintendente de investimentos da Autopista Litoral Sul (Grupo Arteris), Marcelo Módolo.
O projeto prevê a implantação de uma via expressa de 50 quilômetros de extensão como alternativa de tráfego de passagem na região metropolitana. O traçado abrange os municípios de Governador Celso Ramos, Biguaçu, São José e Palhoça. O principal objetivo é desviar o trânsito pesado da BR-101.
A expectativa do Grupo Arteris é concluir a obra em dezembro de 2019. “Temos hoje 32 quilômetros de obras contratadas em diversos estágios de andamento. Em fevereiro conseguimos liberação para iniciar o trabalho em 16 quilômetros. Nosso maior desejo é entregar o contorno o mais rápido possível. Sabemos que é um grande desafio, pois também dependemos da ação conjunta de várias entidades”, disse Módolo, ao apresentar informações detalhadas sobre os serviços realizados.
Na avaliação do representante da Autopista Litoral Sul, um dos maiores entraves da obra são os processos de desapropriação de áreas para a passagem da rodovia. “São o ponto mais delicado de todo esse contexto. Sem a posse da terra, não conseguimos fazer as obras. Tivemos uma evolução muito favorável nos últimos anos, de 2016 pra cá. De 1.075 áreas, 740 já estão liberadas.”
Outro ponto crítico citado por Módolo são as alterações de traçado, que dependem da aprovação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). “O município de Palhoça é onde tivemos as maiores mudanças. Por questões de mobilização popular para reduzir desapropriações numa região onde há loteamentos, o projeto foi deslocado. Isso resultou na criação de três túneis novos. Com essa alteração significativa, foi necessário fazer um novo projeto e aprová-lo nos órgãos ambientais. O início das obras depende, agora, da aprovação na agência reguladora.”
Impactos da obra
Durante a reunião, o prefeito de Biguaçu, Ramon Wollinger (PSD), reconheceu a importância do contorno viário para o estado, mas cobrou providências da Autopista Litoral Sul para minimizar os danos causados nas estradas do município pelo tráfego intenso de máquinas e veículos pesados. “É incontestável que a obra é importante. Porém, o impacto que está causando nas estradas vicinais é muito grave e os moradores estão preocupados e aflitos. Tivemos muitos problemas recentemente. Com o período de chuvas, apareceram buracos e ocorreram mais acidentes. Pedimos apoio para traçar um plano de recuperação dessas estradas”, falou.
A solicitação é que a empresa faça a manutenção periódica das vias comprometidas e que o município receba uma parte dos recursos de compensação ambiental.
Visita
O presidente da Comissão de Transportes, deputado João Amin (PP), comunicou que os parlamentares integrantes do colegiado farão uma visita para fiscalizar as obras no dia 21 de junho, a partir das 9 horas, em trechos dos municípios de Biguaçu e Palhoça. “Esse acompanhamento vem sendo feito pela Fiesc, pelo Fórum Parlamentar e por essa comissão. Não podemos parar de cobrar por essas obras tão importantes para a Grande Florianópolis e o estado.”
Participaram da reunião os deputados Manoel Mota (PMDB) e César Valduga (PCdoB), o secretário estadual de Planejamento, Murilo Flores, e o superintendente da Região Metropolitana da Grande Florianópolis, Cássio Taniguchi. O evento também contou com a presença de prefeitos e vereadores dos municípios afetados pela obra.
(Agência ALESC , 24/05/2017)