07 mar Para a Casan, esta foi a melhor temporada de verão quando se fala em abastecimento de água
Em uma temporada de verão sem grandes contratempos no abastecimento de água em Florianópolis, a Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) comemora o que chama de “a melhor temporada de verão da história da companhia”. De acordo com o presidente Valter Gallina, o resultado foi fruto de planejamento, investimento e trabalho. No dia 15 de janeiro deste ano, a produção de água tratada chegou ao recorde na Capital. Foram produzidos 185,7 milhões de litros em um único dia – o maior volume nos 45 anos de operação da Casan.
Entre as ações da companhia que tiveram impacto neste verão, mas que garantem o abastecimento para os próximos anos, estão a finalização do flocodecantador em Palhoça, novas adutoras e investimentos em reservatórios. Dos investimentos próprios da Casan de R$ 87,4 milhões, os maiores foram no flocodecantador (R$ 27,1 milhões) e nas adutoras do Itacorubi (R$ 23,3 milhões) e de Forquilhinhas, em São José (R$ 20,2 milhões). O reservatório dos Ingleses foi ampliado ao custo de R$ 3,4 milhões.
As melhorias na Capital foram principalmente no Norte e Sul da Ilha. No Campeche, oito poços foram interligados, aumentando a capacidade de produção de água tratada e distribuída em 45%, de 200 l/s para 290 l/s. Para o Norte, onde eram registrados os problemas mais graves, a principal ação foi a instalação do flocodecantador em Palhoça, que aumentou em 50% a quantidade de água tratada.
Com a parte finalizada da adutora de 800 mm do Itacorubi foi possível aumentar a vazão de água até o Norte da Ilha por meio de uma adutora de 300 mm na SC-401. As duas estações de tratamento de água do Norte, na Daniela e em Ratones, tiveram as capacidades aumentadas e o reservatório dos Ingleses, que trabalhava com 250 l/s, hoje trabalha com 370 l/s. “Refizemos várias adutoras ao longo do Norte da Ilha, inclusive a da SC-403, e conseguimos diminuir a perda de água de 40% para 30%. Isso tudo resultou em uma melhoria significativa em todo nosso sistema de abastecimento de água na cidade. Não é milagre, é investimento e planejamento”, avalia Gallina.
Adutora do Itacorubi ficará pronta até fim do ano
Entre as obras ainda em andamento para melhorar o abastecimento de água, a principal delas é a adutora de 800 mm do Itacorubi. A adutora sai da cabeceira da ponte Pedro Ivo, passa pela avenida Beira-Mar Norte, pelo Itacorubi e termina no Santa Mônica. A previsão de Valter Gallina é de que a obra esteja finalizada até o fim do ano, o que proporcionará maior vazão de fornecimento de água para a região da bacia do Itacorubi e do Centro.
A primeira etapa da obra, no Itacorubi, está finalizada. Agora, a Casan está rediscutindo com a prefeitura o local em que a obra passará na Beira-Mar Norte. “A prefeitura não quer que passe próximo da ciclovia, mas sim próximo ao mar. Estamos em discussão. Com a obra finalizada teremos condições de levar água para as partes mais elevadas do João Paulo e Itacorubi”, diz Gallina.
Recordes de abastecimento de água
A produção de 185,7 milhões de litros de água no dia 15 de janeiro foi um marco para a Casan. Em 31 de dezembro de 2016 o recorde anterior já havia sido batido, com 183,6 milhões de litros por dia. Essa vazão atende 1,1 milhão de pessoas, número muito maior que os 477 mil moradores da cidade. Antes desta temporada começar, o recorde até então era de 8 de fevereiro de 2016, quando havia sido atingido 156 milhões de litros por dia.
No controle diário da Casan durante esta temporada, de 26 de dezembro a 28 de fevereiro, todos os dias foram registrados mais de 160 milhões de litros por dia, com exceção de 13 de fevereiro. “A cidade não teve tanta gente quanto em outros anos, mas houve muitos dias de sol forte e sem chuva, o que fez o consumo de água aumentar substancialmente e conseguimos viabilizar essa produção de água com nossas ações”, explica Valter Gallina.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Florianópolis, 07/03/2017.