08 mar Memorial Cruz e Sousa depende apenas de decisão judicial
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Florianópolis, 07/03/2017)
Depende apenas da caneta de um juiz a solução para o Memorial Cruz e Sousa, inaugurado em 6 de maio de 2010 e interditado desde aquele ano, por causa de problemas na estrutura que apresentavam riscos para os visitantes. Mal feita, a obra custou mais de R$ 200 mil (valor histórico) e, apesar das cobranças do governo do Estado, a empreiteira responsável – Múltipla Engenharia e Consultoria – não refez o trabalho. O caso foi parar na Justiça. Um recurso oficial pede autorização para que seja contratada outra empresa, capaz de promover a intervenção necessária. Mas para isso é preciso desconsiderar o seguro da obra, válido por cinco anos (já vencidos, portanto). Os recursos para a reforma (ou demolição e construção de um novo memorial como defendem integrantes do governo) já estão assegurados no orçamento da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura. O memorial, no jardim do Palácio Cruz e Sousa, é de responsabilidade da Fundação Catarinense de Cultura que, por sua vez, é subordinada à secretaria. Ironicamente, o atual secretário, Leonel Pavan (PSDB), foi o governador que inaugurou o espaço há quase sete anos. Além dos restos mortais do poeta maior do simbolismo brasileiro, o local deveria ter uma cafeteria e uma biblioteca, sendo aberto para a visitação de interessados, em especial estudantes e pesquisadores.