06 mar Confira papo rápido com a presidente da associação FloripAmanhã
(Por Rafael Martini, Diário Catarinense, 04/03/3017)
Quais os principais entraves da cidade hoje e por que não avançamos em temas básicos como mobilidade?
Anita Pires – Florianópolis sofre da mesma síndrome da maioria das cidades brasileiras. Temos uma gestão pública ineficiente, há carência de comunicação entre os diferentes atores sociais – públicos, privados e cidadãos em geral e falta de planejamento urbano. Ao mesmo tempo, existe muito individualismo, a sociedade não participa do processo de criação de políticas públicas, cobra pouco os governantes e as entidades estão muito conservadoras e sem visão de futuro. Muitas associações e outras entidades não-governamentais não estão acompanhando os sinais dos tempos e se modernizando, só enxergam o seu umbigo e os seus negócios.
O que a FloripAmanhã está fazendo pelo futuro de Florianópolis?
Anita Pires – Atuamos há 11 anos estimulando o protagonismo social e fomentando redes de entidades e de pessoas para transformar conhecimento em ações para o desenvolvimento da cidade. Mobilizamos mais de 80 entidades para a construção da Agenda Estratégica Floripa 2030, um projeto de planejamento urbano premiado nacionalmente. Temos o GT de Revitalização de Espaços Públicos e Meio Ambiente, uma parceria público-privada de sucesso, além do programa Cidade Criativa Unesco da Gastronomia, fundamental para qualificar esse setor tão importante como ferramenta para um turismo de qualidade, entre outros projetos relacionados com a economia criativa. Florianópolis tem todas as condições para se tornar uma cidade criativa. Convidamos todos os cidadãos a se juntarem à FloripAmanhã (www.floripamanha.org), a cidade precisa da contribuição de cada um de nós.