Um documento impactante sobre o futuro de Florianópolis

Um documento impactante sobre o futuro de Florianópolis

(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Florianópolis, 15/02/2017)

Uma nota publicada no Notícias do Dia, assinada por 33 entidades catarinenses, a maioria ligadas ao setor produtivo, movimentou os bastidores políticos e econômicos da Capital nesta quarta-feira, 15/2. Sob o título “Um futuro melhor para Florianópolis”, o texto começa dizendo que a capital catarinense está empobrecendo, não produz riquezas e não cria empregos, aumentando a “desagregação das famílias, a miséria e a marginalidade”. Prossegue afirmando que o desenvolvimento econômico é o caminho “para as melhorias sociais e que, bem administrado, como se espera, é o melhor aliado da preservação e valorização do nosso rico potencial ambiental e cultural”. “Entendemos que o plano diretor da cidade, além de ser o instrumento fundamental para organizar a ocupação espacial do território, deve ser a mais importante ferramenta estratégica para orientar as forças econômicas”.

O ponto que despertou mais interesse entre gestores públicos e privados é este: “Defendemos uma gestão municipal eficiente como condição para reorientar os rumos da cidade para um cenário de crescimento sustentável e de melhorias sociais. Para isso, muitas vezes se faz necessária a adoção de medidas econômicas de caráter impactante, que visam a alcançar resultados imediatos, a fim de vencer os desafios impostos à cidade”.

O documento pede a manutenção do Plano Diretor aprovado pela Câmara em 17 de janeiro de 2014 e a “fixação do prazo de até 180 dias para que a nova gestão possa aprimorá-lo, por meio das contribuições enviadas pela sociedade e com o apoio técnico das entidades representativas dos urbanistas, arquitetos e engenheiros”.

Encerra desta forma: “Não podemos permitir que Florianópolis tenha o mesmo destino de grande parte das capitais brasileiras. As forças produtivas da cidade, aqui representadas pelas entidades signatárias, respondem por aproximadamente 80% da geração de riqueza da cidade e por 60% dos empregos formais. Juntos, neste momento, buscamos soluções que garantam a qualidade de vida para todos os que aqui vivem”.

Entre as entidades que assinam o texto estão a Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), o Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis), o Senge (Sindicato dos Engenheiros de Santa Catarina), a ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), o Crea (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), a Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis), o Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil), a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), o IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), a Associação FloripAmanhã, entre outras.

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Nas redes sociais, dirigentes de algumas dessas entidades condenaram, ainda, a intransigência política que provoca a maior greve da história do funcionalismo municipal de Florianópolis. A presidente da FloripAmanhã, Anita Pires, por exemplo, publicou o seguinte:

“Estou pensando que está na hora de irmos para a rua em Florianópolis com uma fita azul na cabeça!

Por que azul?

É a cor da bandeira de Florianópolis

Floripa não são os servidores públicos

Floripa não é a Câmara de Vereadores

Floripa não é o prefeito

FLORIPA SOMOS NÓS!!!

Estamos cansados de greves corporativas e políticas

Nossas crianças estão sem escola

Estamos sem saúde

Estamos sem respeito

Estamos cansados de serviços públicos de péssima qualidade

VAMOS PRA RUA DE AZUL!!!”