Transferência de carga da ponte Hercílio Luz muda a rotina de Florianópolis

Transferência de carga da ponte Hercílio Luz muda a rotina de Florianópolis

O som da sirene neste sábado (11), às 23h, será o sinal para o início transferência de carga de 20% do vão central da ponte Hercílio Luz para a estrutura provisória até a madrugada de domingo, que vai alterar a rotina dos moradores de Florianópolis, especialmente, de 28 deles. Além do trânsito que será alterado, a partir das 22h, 12 famílias precisarão deixar as casas durante a operação. Eles serão levados pelo Deinfra (Departamento Estadual de Infraestrutura) para um hotel, como prevê o plano de contingência elaborado pela Defesa Civil de Santa Catarina. Os animais de estimação não acompanharão seus donos. Esta é a etapa mais crítica da obra de restauração da ponte, que está interditada desde 1991.

Claudio Schmitz, 49 anos, químico industrial e pescador, foi avisado na última quarta-feira sobre a necessidade de sair do imóvel, que está localizado no ponto da Ilha mais próximo do Continente. “Minha família ocupa este espaço há mais de 90 anos e acabei transformando a antiga mercearia de secos e molhados em uma pequena pousada. A recuperação da ponte será um feito para o Estado pela revitalização de um cartão-postal, mas não concordo com a política de manutenção adotada pelos antigos gestores. Também não sabemos para onde seremos levados”, disse Claudio, que deixará o cachorro Tume cuidando da casa, em tom de preocupação.

A obra de transferência da carga será realizada por 75 operários da Teixeira Duarte, sete consultores e cinco engenheiros do Deinfra. O secretário de Estado da Defesa Civil, Rodrigo Moratelli, prevê que 200 pessoas estarão envolvidas na obra e no plano de contingência, que tem participação de Exército, Marinha, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Guarda Municipal e Secretaria de Estado da Saúde. “A área de risco foi calculada em 50 metros lineares, mas as barreiras serão colocadas mais distantes. Mesmo com um cenário atípico na cidade (pela greve dos servidores) estabelecemos contato com a Secretaria de Saúde, que deixará três hospitais de prontidão em caso de colapso”, explica Moratelli.

Leia na integra em  Notícias do Dia Florianópolis, 08/02/2017.