08 fev Procuradoria pede prisão dos diretores do Sintrasem em Florianópolis
(Por Moacir Pereira, Diário Catarinense, 08/02/2017)
Donald Trump, presidente da maior nação do Planeta, assinou ato proibindo a entrada dos muçulmanos de sete países árabes. O juiz James Robart, de Seatle, Estado de Wasghington, no noroeste dos Estados Unidos, revogou o decreto presidencial. De imediato, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos cumpriu a decisão judicial e o veto presidencial foi suspenso. Muçulmanos barrados entraram livremente.
Os servidores públicos de Florianópolis entram nesta quarta no vigésimo terceiro dia de greve. Paralisaram atividades, incluindo os serviços de saúde, em protesto político contra o pacote do prefeito Gean Loureiro (PMDB), mesmo depois de aprovados projetos de enxugamento da maquia pela Câmara e transformados em leis.
Duas decisões da desembargadora Vera Copetti – de garantia de 50% dos servidores na saúde e depois o decreto de ilegalidade da greve com determinação de volta imediata ao trabalho – estão sendo afrontadas pelos diretores do Sintrasem e pelos servidores. Há oito dias a magistrada vem sendo acintosamente ignorada pelos grevistas.
O Procurador Geral da prefeitura, Diogo Pitsica, diante do crime de desobediência, pediu a prisão dos diretores do sindicato, a destituição da diretoria e intervenção, para restabelecimento da ordem constitucional.
Diz em novo documento que a desobediência “desmoraliza o Poder Judiciário” e “pratica o repugnante crime de lesa Pátria”. E mais: “O presidente do sindicato desafia a autoridade do Tribunal de Justiça”.
Os sindicalistas e os servidores em greve foram longe de mais. Ou se cumpre as decisões judiciais ou estará implantada a anarquia em Santa Catarina.