29 jun Transporte marítimo é uma questão de matemática
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 28/06/2016)
Músico Luiz Meira divulga um relato que vale a pena conhecer: “Outro dia fui ao Rio de Janeiro e andei no Catamarã HSC que faz o trajeto Praça 15, no Centro, até Charitas, em Niterói. É como se eu fosse do aterro da Baía Sul a Biguaçu. Fiquei maravilhado. Um trajeto que de carro, levaria uma hora e meia, fiz em 15 minutos. Modernas, rápidas e confortáveis, estas barcas foram compradas em Hong Kong e transportam 482 passageiros sentados. Se levarmos em conta que um ônibus transporta em média 45 passageiros, cada barca destas tiraria 10 ônibus de circulação nos horários de pico.
Outro tipo de Catamarã é o HC 18, um pouco mais lento, mas que transporta 1.300 pessoas, ou seja, o equivalente à lotação de 28 ônibus. Como não ser a favor do transporte marítimo numa cidade como a nossa?”. E lendo o relato do nosso querido músico a gente pode entender por que o negócio não tem evoluído aqui entre nós. É uma questão de matemática básica, as contas estão feitas ali no relato que Luiz Meira escreveu. Quais dos novos prefeitos da Grande Florianópolis, que assumirão em janeiro de 2017, terão coragem de romper a lógica atual do transporte coletivo, que prejudica os moradores da região?
Sem lero-lero
Juliano Diniz comentou o que Luiz Meira escreveu: “Falta vontade política! Uma vergonha termos uma entrada e saída da Ilha de Santa Catarina. Uma equipe de japoneses em um mês – ou menos – mapeia isso aqui e entrega a solução. Vale canal, ponte, transporte marítimo, o que não pode é uma ilha continuar refém de uma única entrada e saída”. Disse tudo. E gostei da “equipe de japoneses”, porque no Japão não tem lero-lero.