23 jun Sem maré vermelha, ostras, mariscos e vieiras estão liberados para consumo em Palhoça
Moluscos bivalves (ostras, mariscos e vieiras) cultivados em duas áreas específicas de Enseada do Brito e Barra do Aririú, em Palhoça, já podem ser colhidas, comercializadas e, finalmente, reinseridas no cardápio de restaurantes especializados na Grande Florianópolis. Confirmada por nota técnica emitida no fim da tarde desta quarta (22) pela Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina), a liberação gradativa nesta quinta deve desinterditar fazendas marinhas da Caieira da Barra do Sul e Ribeirão da Ilha, costa Sul de Florianópolis, informou o secretário adjunto de Estado da Agricultura e da Pesca, Airton Spies, que anunciou celeridade na emissão dos novos laudos. A maricultura estava interditada desde 24 de maio no litoral catarinense, após constatada proliferação de microalgas e concentração da toxina diarreica DST, nociva à saúde humana.
“A liberação pontual e gradativa é resultado da segunda contraprova negativa nestas áreas de Palhoça, mais ao Sul, onde o vento e as correntes marinhas limparam a água do mar”, diz Spies. A segunda amostra dos testes realizados em cultivos do Sul da Ilha será oficializada na manhã de hoje, com emissão imediata de nota técnica da Cidasc para liberar a venda e o consumo também em Florianópolis. Fazendas marinhas mais ao Norte do litoral catarinense, principalmente as localizadas em baías de pouca circulação marinha, continuam com as atividades suspensas temporariamente.
O monitoramento da maré vermelha no litoral catarinense é realizado em 23 pontos de coleta. A liberação parcial do consumo foi consenso durante reunião coordenada pelo secretário Airton Spies, com representantes da Cidasc, do Instituto Federal de Santa Catarina, da Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural), da Vigilância Sanitária, da Universidade Federal de Santa Catarina e dos produtores.
Maior período de maré vermelha
A maré vermelha que atinge o litoral catarinense desde 24 de maio, consequência do fenômeno la niña, é uma das maiores já registradas no mundo. A constatação é do professor Luís Proença, do IFSC, que sobrevoou a área coberta pela clorofila alaranjada que no litoral de Santa Catarina se espalhou até Penha, ao Norte, onde o índice de concentração de microalgas chegou a 650 mil células por litro de água do mar. No Uruguai, a maricultura esteve interditada durante cinco meses, pelo mesmo motivo.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 22/06/2016.