Lei de concessão da Marina é encaminhada à Câmara

Lei de concessão da Marina é encaminhada à Câmara

A Prefeitura de Florianópolis apresentou nesta segunda-feira (20), à imprensa e aos consultores convidados a participar da análise, os dois projetos entregues pelas empresas ARK7 e AJX & Karolyne Soares, referentes ao Parque Urbano e Marina na Beira-mar. Durante o encontro, foi encaminhado à Câmara de Vereadores a Lei de Concessão, que vai definir o período em que a área de implantação da iniciativa poderá ser administrada pela empresa que vencer a licitação, a ser lançada ao final do ano.

O empresário e ‘notório saber’ do setor náutico, Amyr Klink, um dos consultores presentes ao encontro, sugeriu alguns aprimoramentos aos projetos, para que possam obter êxito após a fase de licitação.

“Trabalho com projetos de embarcações e viajo para a Antártida há 30 anos, mas percebo que o setor náutico no Brasil não avança, sendo as estruturas vistas como pontos de clubes sem serem vinculados às cidades, ao público, como uma intervenção social. Santa Catarina tem um potencial extraordinário e único no planeta para se desenvolver neste setor. O processo de PMI desenvolvido em Florianópolis foi extremamente sério, nunca vi igual no Brasil. Eu tenho certeza de que este projeto será o embrião de muitos outros no futuro”, disse Amyr.

Ele ressaltou, ainda, que a Beira-mar é uma extensão de terra adicionada à cidade que terá a chance de recuperar uma conexão com o mar. “Esta sinergia que a marina provoca é muito evidente quanto ao olhar”.  O prefeito Cesar Souza Junior complementou: “Uma das nossas preocupações com estes projetos foi a de não perder o visual da orla da Beira-mar, sem que se elevassem construções que quebrassem o panorama já existente no local.”

Ambos os projetos contemplam uma extensa área de lazer, com espaço para realização de eventos, estacionamento de veículos, quiosques, integração com modais – como às linhas de BRT e bicicletários – além de restaurante e loja de conveniência. Já na parte de marina, haverá as vagas molhadas para uso da iniciativa privada – de acordo com o período de concessão da empresa que irá implantar o projeto – bombas para abastecimento das embarcações e um braço para a implementação de um futuro transporte marítimo na região, além de vagas públicas.

“Foram realizados estudos que mostram que ali nós temos a melhor viabilidade econômica, uma menor complexidade ambiental, pelo fato de já ser uma região de aterro e de enrocamento – se fosse numa região virgem seria difícil de implementar tal projeto – além de que há pouca necessidade de dragagem do fundo do mar naquele ponto. Então nós temos ali aspectos econômicos, técnicos e ambientais, que dão sustentabilidade aos projetos”, destacou o prefeito.

A secretária de Turismo, Zena Becker, salientou que o trabalho da Prefeitura foi consistente, com uma equipe multidisciplinar formada pelos segmentos econômico, arquitetônico, jurídico e urbanístico, que esteve à frente dos processos. “Fizemos uma rede de relacionamento com a cidade, buscando opiniões e os caminhos que deveríamos seguir para que cada uma das etapas fluísse sem entraves, ou com o mínimo de intervenção possível”, frisou ela.

Após a coletiva e a apresentação à imprensa, a equipe técnica, entidades convidadas e os consultores de ‘notório saber’ reuniram-se para dar continuidade à análise dos materiais. Nos próximos dias, será conhecido o projeto (ou projetos) escolhido para a composição do edital e do termo de referência para a licitação da implantação do Parque Urbano e Marina. Isso porque poderá ser bem avaliada a parte de parque de um e de marina de outro projeto, formando uma nova composição, com a junção dos dois estudos.

(PMF, 20/06/2016)