09 jun ‘É extremo’, diz oceanógrafo sobre alga que afeta moluscos em SC
O comércio de ostras, mariscos, vieiras e berbigões está proibido em todo o estado de Santa Catarina desde o último dia 26 de maio. A estimativa é que, desde então, aproximadamente 100 mil dúzias de ostras deixaram de ser vendidas só em Florianópolis.
“O fechamento de todo o estado foi porque o fenômeno é muito forte, é extremo. Nunca havia acontecido desde o início do monitoramento”, explica o oceanógrafo da Secretaria de Estado da Agricultura, Sérgio Winckler. O monitoramento acontece desde 2007 e abrange todo o litoral catarinense.
Intoxicação alimentar
A Secretaria de Estado de Agricultura teve recentemente o conhecimento de que cerca de 70 pescadores foram intoxicados pelo consumo de marisco no Norte da ilha.
Com o mar bastante calmo nos últimos dias nas praias Brava, Ingleses e Santinho, pescadores acabaram extraindo o molusco dos costões para consumo próprio, o que teria acarretado a intoxicação alimentar.
“Uns comeram mais e outros menos. [Eles] passaram mal com dores abdominais, vômito e diarreia”, conta o pescador Anderson Corrêa da Silva, que também frisou a necessidade de uma campanha de conscientização sobre o consumo desses moluscos neste período de proibição.
Os produtores pedem que a análise seja feita em mais pontos do litoral catarinense e que as regiões que não apresentarem a presença da alga, sejam então liberadas.
Em contrapartida, a Secretaria de Agricultura alerta para o risco à saúde pública, que a medida é também preventiva e diz que as análises têm sido feitas regularmente.
(G1 Santa Catarina, 09/06/2016)