17 maio Após 2 anos, Jardim Botânico de Florianópolis não tem prazo para abrir
Com a construção autorizada pelo governo do estado em 2014, a área de 19 hectares que deve se transformar no Jardim Botânico de Florianópolis, segue sem previsão de se transformar em parque, como mostrou o Jornal do Almoço desta segunda-feira (16).
Segundo a Epagri, que é proprietária do terreno, já foram investidos R$ 637 mil em melhorias. Entretanto, a Procuradoria Geral de Florianópolis ainda analisa um termo para assumir a administração do local e dar continuidade aos trabalhos.
Dentre as melhorias já feitas, conforme a Epagri, estão a reforma e amplicação de um casarão que vai abrigar o centro de visitantes. Ao lado do local também foi feito um calçamento. Atrás, um galpão que estava com a construção condenada foi demolido.
Ainda de acordo com o órgão, é preciso construir um portal, reformar a casa da administração, além de executar o paisagismo e a iluminação do local. No dia 27 de abril foi assinado um contrato para a elaboração desta etapa do projeto, informou a Epagri.
Penhora judicial
O terreno onde deve ficar o Jardim Botânico está está sob penhora judicial há nove anos, em processo de dívidas trabalhistas no valor de R$ 26 milhões, esclarece a Epagri. Entretanto, o órgão diz pagar em dia as dívidas e que o problema não interfere para o repasse à prefeitura.
“A intenção é, com esse termo de cessão de uso, criar parceria junto à prefeitura, eventualmente também com a iniciativa privada, para que se invista nesta área futuramente e se chegue àquele projeto inicial ideal que se almeja”, explica o chefe de gabinete Epagri, Giovani Canola.
Moradores cobram
A Associação de Moradores do Itacorubi participa de um comissão que solicita em 60 dias respostas sobre prazos de conclusão do projeto. “A gente não tem claro o que exatamente aconteceria ali, de onde viria a verba [para terminar o projeto] e quem seria responsável por isso. Essa definição que precisamos no momento”, disse Laura Malta, que faz parte da associação.
“Eu sinto que Florianópolis tem pouca área de recreação, principalmente fora da temporada. Seria mais uma alternativa para a família e para quem mora aqui na região”, diz o estudante Jardel Colombo, que mora há dois anos no Itacorubi.
(G1 Santa Catarina, 16/05/2016)