12 abr Futuro do camelódromo da Baía Sul, em Florianópolis, está indefinido
Após a desocupação da área onde funcionava o camelódromo Centro Sul, encravada no coração de Florianópolis e vizinha a alguns dos mais importantes prédios públicos do Estado, como o Tribunal de Justiça e a Assembleia Legislativa, os comerciantes populares deram lugar a andarilhos e usuários de drogas que passaram a habitar o local. A desocupação ocorreu na semana passada e a limpeza deve terminar até o dia 28, quando o imóvel será devolvido à União.
O ND esteve no local e constatou que alguns homens montaram acampamento em meio aos boxes que eram desmontados. O abandono da área e a consequente ocupação irregular preocupam entidades de classe, que entendem ser fator de prejuízo para o comércio e insegurança aos moradores e transeuntes do entorno o fato de área estar ociosa e degradada. A PM (Polícia Militar) e a Guarda Municipal garantem que a saída dos comerciantes não aumentou as ocorrências na região e que as rondas ocorrem com frequência por ali.
Sander De Mira, presidente da Acif (Associação Comercial e Industrial de Florianópolis), lamenta a indefinição sobre o destino da área de 32 mil m² e estimado pela SPU (Secretaria do Patrimônio da União) em R$ 8,4 milhões. Para ele, o poder público deveria integrar a área com o planejamento da cidade, revitalizá-la para humanizar a região e fazer com que a população volte a ocupar a região de forma permanente, não apenas em trânsito. “As áreas degradadas começam a abrigar pessoas que geram uma sensação de insegurança para a cidade como um todo, tanto para quem circula como para o comércio, que vê o movimento cair. Seria muito importante definir logo um projeto para aquela área”, expõe De Mira.
Ricardo Campos, diretor de assuntos públicos e políticos da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), entende que a morosidade em definir um projeto afeta diretamente o comércio no local, puxado principalmente pela queda no número de pessoas circulando no entorno. “Essa morosidade prejudica em primeiro a população, que enfrenta a insegurança de passar em um local abandonado, e também o comércio, cujo movimento deve cair nas lojas do entorno”, aponta.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 11/04/2016.