07 mar Questões burocráticas e técnicas atrasam obras do elevado do Rio Tavares, no Sul da Ilha
Essencial para quem transita pelo Sul da Ilha de Santa Catarina, as obras do elevado do Rio Tavares estão atrasadas em mais de um mês devido a questões técnicas não previstas pela prefeitura da Capital no projeto inicial e questões burocráticas no repasse de verbas para desapropriações. Mesmo diante dos problemas, que diminuíram consideravelmente o ritmo de trabalho no canteiro de obras, a administração municipal entende que tecnicamente é possível concluir a obra até novembro, quando expira o prazo de 18 meses para conclusão do serviço, iniciado em maio de 2015.
Para que isso aconteça, porém, é necessário que uma empresa conclua o orçamento de uma nova solução de cimbramento, ou seja, a fixação ou escoramento das bases de concreto armado. Inicialmente, a prefeitura pretendia fazer esse trabalho com escoras de eucalipto, mas quando começaram as escavações se percebeu que o solo no local tinha pouca resistência.
Assim, houve a necessidade de se fazer novos estudos, optar pelo escoramento metálico e agora orçar um preço para o trabalho. “Quando fizemos a sondagem inicial, não percebemos que o solo era tão sensível, daí mantivemos o eucalipto, mas quando fomos escavar percebemos que não seria possível fazer com madeira”, explica o engenheiro civil Américo Pescador, que trabalha na Secretaria de Obras.
Além disso, o repasse de verbas precisa voltar a ser regularizado pelo governo do Estado pois, segundo a prefeitura, o dinheiro do convênio firmado com a secretaria regional da Grande Florianópolis não é depositado desde novembro. “A maior dificuldade não é nem a questão técnica, mas na liberação de recursos que vinham da SDR. Sem eles, as desapropriações já negociadas ficam comprometidas, em pontos essenciais da obra e dos trabalhos no sambaqui, que só podem começar efetivamente depois das áreas estarem desapropriadas”, diz Américo.
O governo, via assessoria de comunicação, informou que até o fim da primeira quinzena de março o Deinfra pretende concluir a análise técnica de todos os convênios para tomar as providências necessárias.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 04/03/2016