04 fev Novos sabores e plano de manejo são redenção para berbigão da Reserva Extrativista do Pirajubaé
Novata no conselho consultivo da Reserva Extrativista do Pirajubaé, a Rede Catarina Slow Food participará em pelo menos duas frentes nas ações para revalorização do berbigão como um dos principais produtos da cultura alimentar de Florianópolis. E, consequentemente, resgatar a autoestima das comunidades extrativistas da Costeira e da foz do rio Tavares, prejudicadas pela falta de condições sanitárias no beneficiamento e, mais recentemente, pelos riscos de extinção do molusco coletado nos baixios da baía sul.
A prioridade, no momento em que os estoques começam a dar sinais de regeneração natural, é a definição do plano de manejo da reserva extrativista. Segundo um dos representantes da Slow Food em Florianópolis, gastrônomo Fabiano Gregório, 34, a expectativa é que em seis meses esteja elaborado o documento com regramento das atividades extrativistas na área da reserva, com participação, entre outros, de técnicos do ICMBio (Instituto Chico Mendes da Biodiversidade), Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária), UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), pescadores e coletores.
“O plano de manejo preservará o banco de moluscos e viabilizará o repasse dos valores correspondentes à compensação do Deinfra [Departamento Estadual de Infraestrutura] pelos impactos ambientais do aterro da Via Expressa Sul”, argumenta Gregório. Serão redefinidos os dias, os horários e as áreas de coleta, a mudança do gradeamento do gancho de arrasto para 13 milímetros, além de ser proposta a elaboração de projeto de lei para normatizar o extrativismo na Ilha. “Isso é fundamental para preservar a espécie”, diz o presidente da Associação Caminhos do Berbigão, Fabrício Gonçalves, 37.
Leia na íntegra em Notícias do Dia Online, 04/02/2016