17 fev Há muitas perguntas e poucas respostas sobre obras no aeroporto Hercílio Luz
(Por Moacir Pereira, Diário Catarinense, 17/02/2016)
O principal aeroporto de Santa Catarina – o Hercílio Luz – conta hoje com uma marca na lista dos maiores administrados pela Infraero: é, disparado, o mais acanhado e o pior do Brasil. Há mais de 16 anos o governo federal enrola os catarinenses com projetos de um novo terminal. O atual movimentava no ano 2000 cerca de 400 mil passageiros. De lá para cá teve como obra apenas um “puxadinho”. E 3,6 milhões de pessoas transportadas em 2015. Nove vezes mais.
Depois de muita polêmica e promessas não cumpridas pelos governos Lula e Dilma, veio uma proposta que foi festejada como a solução: a inclusão do Hercílio Luz no programa de privatizações. O tema foi tratado ontem em Brasília durante audiência com o ministro da Aviação Civil, Guilherme Ramalho, tendo presente uma expressiva delegação de Sana Catarina, com senadores, deputados e empresários.
Muitas indagações ficaram sem resposta. Exemplos:
1 – Por que o valor da concessão passou de R$ 300 milhões para R$ 900 milhões?
2 – Qual a definição do Tribunal de Contas da União que examina o edital de licitação?
3 – Como ficará o contrato rescindido com a Espaço Aberto, judicializado no ano passado?
4 – E a segunda colocada, que depois foi contratada pela mesma Infraero? Quem garante, com toda esta confusão, que a concorrência saia mesmo no segundo semestre?
Resumindo: o novo terminal depende agora do TCU, da Infraero e da Aviação Civil. A “Velhinha de Taubaté” acredita que em dois anos, como informa o governo, o terminal estará pronto.