24 fev Empresa é multada por descarte irregular de esgoto no Norte da Ilha
Uma empresa de caminhões limpa fossa foi multada e interditada pela Fundação do Meio Ambiente (Fatma) por despejar esgoto na rede pluvial do bairro Ingleses, no Norte da Ilha de Florianópolis. O crime foi flagrado por uma moradora, que presenciou o despejo irregular e denunicou nas redes sociais.
O flagrante aconteceu na rua Valmor Della Giustina, que fica dentro de um loteamento no bairro. Os moradores afirmam que já presenciaram situações similares diversas vezes no local.
“As pessoas passavam, viam o caminhão despejando o esgoto no bueiro e não davam importância”, conta Vânio Ferreira, morador do loteamento.
A empresa acusada do crime é a Sugão Desentupidora. A proprietária da companhia disse à reportagem da RBS TV que a água despejada não era esgoto, e sim água usada para fazer uma manutenção no veículo.
Porém, o diretor de fiscalização da Fatma, Anselmo Granzoto, contraria essa explicação: “O despejo de água nao cabe. E, mesmo que fosse, e estivesse em processo de manutencão, essa água é oriunda desse processo e, portanto, contaminada e não é aceitavel que se lance no meio ambiente”.
Ainda conforme o órgão ambiental, a empresa já foi autuada outras quatro vezes pela Polícia Militar Ambiental e pela própria Fatma, também pelo mesmo tipo de crime: descarte clandestino na rede pluvial.
“Não tem como ter um fiscal 24 horas em todos os locais, então nós, moradores, temos que ser os olhos para passar isso pra eles”, afirma Michelli Martuscelli, moradora do bairro Ingleses.
Fiscalização
Além do crime ambiental, o diretor de fiscalização afirma que a empresa tem dois caminhões com licença para trabalhar. Porém, foram encontrados quatro veículos na sede da Sugão Desentupimentos.
“Isso dificulta o processo de fiscalização. Nós estamos fazendo com que, no processo de licenciamento, seja exigidio que o caminhão tenha indentificação do tipo de atividade que está fazendo”, explica Granzotto.
De acordo com a Fatma, a empresa foi multada em R$ 32 mil, está interditada, com os caminhões lacrados por tempo indeterminado e pode vir a perder a licença por conta do histórico de irregularidades.
(G1 Santa Catarina, 23/02/2016)