Pesca ilegal pode ter matado peixes em Jurerê

Pesca ilegal pode ter matado peixes em Jurerê

O aparecimento de peixes mortos segunda-feira (18) na beira da praia em Jurerê, no Norte da Ilha, pode ser decorrência da pesca ilegal que acontece, em larga escala, ao longo da costa, segundo o secretário municipal de Pesca, Maricultura e Agricultura, Roberto Katumi Oda. Para tentar coibir a ação irregular de pescadores – atuneiros, principalmente, que acabam descartando espécies menores que caem em suas redes – a Secretaria está intensificando contato com órgãos de fiscalização, como o Ibama e o Ministério da Pesca.

Acompanhado de um representante da Floram e possivelmente de um da Polícia Ambiental, o secretário de Pesca, Maricultura e Agricultura deve encontrar-se nesta quinta-feira (21), às 14 horas, com o superintendente interino do Ibama em Santa Catarina, Adenilson Perin, para tratar do assunto. A reunião deve acontecer na sede do Instituto.

Katumi informou ter recebido dezenas de queixas de entidades que congregam pescadores a respeito da pesca ilegal, e por isso resolveu encabeçar a luta por maior efetividade de fiscalização. “Tem muita gente praticando pesca ilegal ao longo da costa, com redes impróprias, matando os peixes”, garantiu o secretário.

A primeira hipótese levantada diante do aparecimento dos peixes mortos foi a contaminação das águas, já que Jurerê se avizinha a Canasvieiras, que estava com algumas praias impróprias para banho, mas a Fatma praticamente descartou essa possibilidade, dado o baixo índice de contaminação por coliformes fecais historicamente registrado naquela praia.

“Não é comum e aquela região ali não tem índices altos. Para o peixe morrer pode ter sido alguém que passou com uma rede”, calculou o diretor de proteção de ecossistemas da Fatma, coronel Márcio Luiz Alves. As possibilidades, para a Secretaria de Pesca, Maricultura e Agricultura, são de peixes descartados pelos atuneiros ou de exemplares enredados que, de pequeno tamanho, acabaram escapando da rede, mas, feridos, terminaram por morrer.

(Prefeitura de Florianópolis, 20/01/2016)