13 jan Mãos à obra – e sem mais delongas
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 12/01/2016)
A questão da poluição no Norte da Ilha de Santa Catarina, em especial no balneário de Canasvieiras, chegou a uma situação extrema e absolutamente injustificável. Na segunda, 11, o governador em exercício, Eduardo Pinho Moreira, esteve na praia, junto ao rio do Brás, com assessores, técnicos da Casan e da prefeitura. Medidas emergenciais foram anunciadas para evitar que o rio continue lançando material sem tratamento no mar, como o fechamento de sua ligação com a praia – coisa que deixou de ser feita de maneira irresponsável nos últimos tempos. Medidas emergenciais já eram solicitadas em 18 de agosto de 2014, em ação civil pública assinada pela procuradora federal Analúcia Hartmann. “A empresa ré (Casan) é responsável pela situação de grave risco para a saúde pública, haja vista o mau funcionamento e os reiterados extravasamentos de esgoto da Estação de Tratamento de Efluentes (ETE) de Canasvieiras”, escreveu Analúcia. Ou seja, o que vivemos agora é apenas consequência do que já vinha sendo registrado há muito tempo no balneário. Na prática, é só cada órgão público fazer a sua parte, sem mais delongas, sem conversa fiada. Além dos riscos à saúde e ao turismo, esse é o tipo de situação inadmissível para uma cidade que sempre vendeu a qualidade das belezas naturais como seu grande atrativo. E se há imóveis que não se ligam à rede, cumpre aos órgãos fiscalizadores exercerem seus objetivos.