01 dez Ainda não chegou a vez do transporte marítimo
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 30/11/2015)
Foram dois anos de trabalho, envolvendo dezenas de profissionais da mais alta categoria e, enfim, temos o Plamus (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis) concluído e recomendando o transporte coletivo rodoviário como medida eficaz e definitiva para melhorar a mobilidade entre os municípios do aglomerado urbano. Outras medidas, algumas paliativas, são indicadas pelos técnicos e pelos gestores da Superintendência da Região Metropolitana. E o transporte marítimo, solução que parece evidente para qualquer um que observe as baías Norte e Sul totalmente livres para a navegação, não está entre as prioridades, mas como recurso subsidiário. “O transporte aquaviário mostra-se interessante como complementar no curto prazo”, diz o relatório do Plamus. “O sistema de transporte aquaviário pode ser implantado de maneira rápida, necessitando de investimentos relativamente reduzidos e impactando positivamente na mobilidade da Grande Florianópolis. No entanto, a solução apresenta baixa sustentabilidade financeira, necessitando de subsídios significativos por parte do governo (R$ 9,5 milhões ao ano)”. O Plamus sugere novos estudos técnicos, especificamente sobre essa alternativa. Ou seja, vamos continuar dependendo do transporte rodoviário para nos movimentarmos – quando isso é possível – pela região metropolitana. Com tanto mar à vista e à disposição, o transporte marítimo deveria estar na ponta das opções de mobilidade, não em plano secundário.