26 nov Empresário denuncia desordem ambiental na Capital
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 25/11/2015)
Ex-presidente da Acif, Dilvo Tirloni, escreve à coluna para complementar o que publicamos na segunda-feira, 23, a propósito da lenta morte de nossos rios. “Fora a Lagoa do Peri e os aquíferos do Norte, Floripa conta ainda com 17 bacias, nove grandes e oito menores que dão origem a nossos rios e sangas. Em 2009, junto com o engenheiro agrônomo Augusto Pegas Filho, coordenei trabalho denominado Diagnóstico Ambiental das Bacias Hidrográficas de Florianópolis, obra que está consignada em um valioso e-book de pouca circulação. Não é só o Rio do Brás que passa por dificuldades. As amostras colhidas, à época, no Rio Tavares e no Rio Itacorubi, que banha todo o imenso manguezal da Trindade, já demonstravam um nível baixíssimo de oxigenação, abaixo de 2, numa escala até 5, em alguns trechos, eram ‘rios mortos’, os peixes buscavam o oxigênio pulando fora d’água. Não há como condenar a iniciativa privada e a população pelo descalabro ambiental, falação de algumas autoridades. A responsabilidade por esta incúria administrativa deve-se a Casan e prefeitura que não investiram o necessário para conter estes passivos ambientais. O caos instalado é possível ser removido, exige, entretanto, um novo modelo de exploração dos serviços de saneamento. Venho alertando desde 2007 sobre estas deficiências, sou por ora uma voz solitária no deserto, espero que outros se juntem como o fez o geógrafo José Luiz Sarda (SOS Rio do Brás) e juntos passamos mudar este quadro de desordem generalizada”.