22 out Escorpiões deixam Canasvieiras em alerta
O Centro de Controle de Zoonoses alerta os moradores de Canasvieiras, Norte da Ilha, sobre a presença de escorpiões amarelos da espécie Tityus trivitattus no bairro. A espécie pode causar acidentes graves, principalmente em crianças menores de dez anos e idosos, tendo ocorrido casos fatais na Argentina, onde ela ocorre com mais frequência. A Prefeitura de Florianópolis pede que os moradores do bairro deixem as equipes de controle de zoonoses entrar nos condomínios e terrenos para a coleta e eliminação do artrópode.
Os escorpiões têm sido encontrados frequentemente e já houve notificação de acidente pelo animal na região. As ações na localidade de Canasvieiras se estenderão até que seja realizada busca ativa em toda a área atingida. Os agentes fazem a coleta, eliminam o escorpião e orientam para limpeza do terreno, a fim de evitar que haja novas ocorrências.
Tityus trivitattus é uma espécie de escorpião amarelo que apresenta distribuição geográfica no norte da Argentina, Paraguai e Brasil, no Mato Grosso do Sul e no oeste do Paraná e de São Paulo. É considerada uma espécie em escorpionismo com grande importância para a saúde pública por causa dos efeitos de seu veneno.
Esses artrópodes têm preferência por ambientes escuros e úmidos, normalmente habitando áreas com essas características, com pouca movimentação de pessoas e de materiais. Alimentam-se de pequenos insetos, principalmente baratas. Esses animais não podem ser atingidos por desinsetização, pois podem permanecer em abrigos como frestas de paredes e buracos de tijolos, sendo capazes de ficar sem se movimentar e sem respirar por longos períodos.
Para sua eliminação é preciso esmagá-los ou colocá-los submersos em álcool. O uso de controle químico não é recomentado também porque pode desalojar os escorpiões para locais nos quais não há ação desses produtos, aumentando o risco de acidentes.
Como controlar sua presença
– Manter limpos quintais e jardins, não permitindo o acúmulo de folhas secas e lixo domiciliar;
– Desinsetização dos ambientes para que haja diminuição do acesso ao alimento;
– Evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, adequando superfícies sem revestimento, eliminando frestas, vãos, rebaixo de calçadas, entre outros;
– Movimentar periodicamente depósitos de materiais de construção, entulho e lenha armazenados, evitando o seu acúmulo exagerado e/ou desnecessário;
– Evitar queimadas em terrenos, pois desaloja os escorpiões fazendo com que eles procurem abrigo dentro das residências;
– Remover folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes e muros;
– Manter fossas e caixas de gordura bem vedadas para evitar a passagem de baratas e escorpiões;
– Vedar soleiras e portas com rolos de areia ou rodos de borracha rentes ao chão;
– Manter pontos de energia, telefone e televisão a cabo devidamente vedados;
– Dentro das residências e estabelecimentos comerciais, telar aberturas de ralos, pias e tanques, bem como aberturas de ventilação.
Prevenção de acidentes
– Sempre que houver a retirada de depósitos de materiais de construção ou entulhos e limpeza de locais de pouco trânsito de pessoas, os trabalhadores devem ser orientados quanto ao uso de equipamento de proteção individual – luvas de raspa de couro ou de vaqueta e sapatos fechados;
– Observar sapatos antes de calça-los, observar roupas, roupas de cama e toalhas antes da sua utilização.
O que fazer em caso de picada
Em caso de picada, lavar a área com água e sabão, somente, e procurar auxílio médico imediato informando a espécie causadora do acidente ou levando exemplar causador do acidente.
O Centro de Informações Toxicológicas – CIT, localizado no Hospital Universitário – HU, é o centro de referência em acidentes por animais peçonhentos, sendo o local mais indicado atender a esse tipo de ocorrência.
Denúncias
Em caso de infestações, a população deve entrar em contato com a Ouvidoria pelo site www.pmf.sc.gov.br e fazer a reclamação ou diretamente no Centro de Controle de Zoonoses, pelo telefone: 3338-9004, para esclarecimentos e mais informações.
(Prefeitura de Florianópolis, 21/10/2015)