13 out A ponte Ponte Hercílio Luz…
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 12/10/2015)
Parecia mais do que evidente que a American Bridge não queria negócio com o governo catarinense para terminar a reforma da Ponte Hercílio Luz. A empresa estava demorando demais a se pronunciar, causando uma ansiedade geral em todos os que torcem para que a recuperação do monumento ganhe forma nos próximos dois anos. O repórter do ND Felipe Alves procurou o vice-presidente da empresa americana, Michael Cegelis, e obteve a resposta que todos nós, mais ou menos, já esperávamos.
… e a desistência
O ND publicou a reportagem de Felipe Alves na sua edição digital às 20h49 de sexta-feira, dia 9. Às 23h14 do mesmo dia recebi o email “American Bridge informa que não fará a restauração da Ponte Hercílio Luz”, procedente do governo do Estado. O gabinete do governador já sabia da desistência da empresa americana há semanas, só não tinha recebido um comunicado oficial.
Experiência
O governo do Estado busca uma solução alternativa para a conclusão da reforma da ponte desde agosto, quando a American Bridge deu os primeiros sinais de que não aceitaria o trabalho. A solução passa, por enquanto, pela Empa, a empreiteira portuguesa que concluiu no início da semana passada as quatro plataformas de apoio do vão central. A empresa já deu provas de sua competência no ramo da engenharia pesada. E isso conta muito para o término das obras.
Vantagem
Não se tem ainda o valor exato de quanto custará o fim da reforma da Ponte Hercílio Luz, até que ela seja reabilitada ao tráfego de automóveis, pedestres e ciclistas. Mas é óbvio que esse custo ficará muito abaixo de uma eventual “nova ponte”, como defendem os detratores da Hercílio Luz. Destruir o nosso símbolo e construir uma nova ligação é algo que ultrapassa, com tranquilidade, R$ 1 bilhão.
Metade do custo
Somando-se os R$ 190 milhões gastos entre 1980 e 2015, mais – é apenas uma hipótese – cerca de R$ 200 milhões a investir na finalização dos trabalhos, manter a Hercílio Luz é muito mais racional e econômico. Sem contar que, para substituir a ponte, seria necessário destombá-la nos três planos: municipal, estadual e nacional. E eliminá-la de todas as referências iconográficas existentes desde 1926.