À espera da resposta americana sobre a Ponte Hercílio Luz

À espera da resposta americana sobre a Ponte Hercílio Luz

Começa a contagem regressiva para a empresa American Bridge, dos Estados Unidos, apresentar ou negar uma proposta orçamentária para as obras de restauração da Ponte Hercílio Luz, em Florianópolis. Com o prazo próximo de expirar, o Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra) diz que não recebeu nenhuma sinalização dos americanos até agora. À espera, também garante não ter feito qualquer tipo de pressão para o avanço das negociações com a companhia que construiu o cartão-postal na década de 1920.

No mês de julho, em um encontro na cabeceira da estrutura, representantes da American Bridge em visita à Capital disseram ao governador Raimundo Colombo que responderiam à oferta de trabalho até o fim deste mês de agosto, ou seja, até a próxima segunda-feira, dia 31. Ainda sobram quatro dias, sendo que dois caem no sábado e domingo: oportunidades pouco prováveis para um anúncio oficial. Segundo o governador, há uma reserva de R$ 130 milhões para a contratação, com financiamento do BNDES.

A ALTERNATIVA JÁ ESTARIA DEFINIDA

– Ainda estamos dentro do prazo. Durante este tempo, engenheiros da American Bridge fizeram quatro visitas técnicas na ponte, o que demonstra o interesse deles. Mas temos que esperar. Por enquanto também não podemos falar de um plano B, pois estamos aguardando pela resposta deles – disse o presidente do Deinfra, Wanderley Agostini.

Mas o plano B, segundo uma fonte ligada ao governo, seria abrir um processo licitatório para a contratação de outra empresa para fazer o restauro no vão central. E uma das mais cotadas – que já demonstrou interesse em participar de uma eventual licitação – seria a Empa, do grupo português Teixeira Duarte, atual responsável pelos quatro pilares de sustentação inferior da Hercílio Luz. O plano A é contratar a American Bridge para finalizar o restauro, mas com dispensa de licitação.

Agostini também fala sobre a possibilidade da American Bridge pedir mais tempo para analisar a proposta. Mas uma nova prorrogação seria a terceira desde que o governo estadual começou a negociar com os americanos. Em abril a empresa disse que responderia em 60 dias e, findo este prazo em julho, pediu mais um mês para se posicionar.

A reportagem tentou contato com o escritório da American Bridge, no estado americano da Pensilvânia, duas vezes por telefone e por e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Em julho, a empresa havia informado que somente o governo de SC poderia se pronunciar.

( DC, 28/08/2015)