01 jun Badeko depõe no Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Florianópolis
Acompanhado por assessores e amigos, o vereador afastado Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PSD), prestou depoimento na manhã desta sexta-feira no Conselho de Ética da Câmara de Vereadores de Florianópolis. O parlamentar é investigado por quebra de decoro parlamentar. Sem falar com a imprensa, Badeko respondeu a todas as perguntas e negou envolvimento nos casos de corrupção, peculato e tráfico de influência apontados pela Polícia Federal na Operação Ave de Rapina.
Personagem principal no nas investigações sobre a tramitação do projeto Cidade Limpa, Badeko confirmou a alteração do projeto original, com a inclusão do substitutivo global, que descaracterizaria a proposta de eliminar outdoors da cidade. “Deixei sempre claro que eu seria contra o Cidade Limpa. Quando você não está de acordo com o projeto, que neste caso iria prejudicar a sociedade, você tem que ser contra sim. O nosso substitutivo foi aprovado, mas depois foi vetado pelo prefeito”, afirmou.
Segundo a Polícia Federal, para a aprovação do projeto com o substitutivo global, Badeko teria cobrado propina de empresários do segmento, o que também teria se estendido a outros parlamentares. Nos documentos apreendidos pela Polícia Federal na sede da empresa Visual Brasil, do empresário Adriano Melo, os policiais encontraram listas que confirmariam a cobrança de dinheiro de dez empresas para vereadores. “O Adriano sempre ajudou nos projetos sociais, eu acredito que aqueles valores são o custo que ele tem diante dessas pessoas”, afirmou, negando que os valores seriam propina. Nas listas apreendidas, os valores são divididos por grupos de empresas e parlamentares, resultando num total de aproximadamente R$ 900 mil.
Sobre a interceptação telefônica em que aparece cobrando um valor do presidente do Bloco Carnavalesco Filhos da Lua, Badeko garantiu que estava solicitando reembolso de adiantamento feito ao bloco. Nas gravações ele aparece pedindo R$ 2 mil que sobrou
(Notícias do Dia Online, 29/05/2015)