30 abr Vereadores sem sintonia com a mobilidade
(Por Carlos Damião, Notícias do Dia Online, 29/04/2015)
Empresário Hamilton Lyra, que coordenou o 6º Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana, realizado segunda, 27, na sede da OAB-SC, registrou a presença de “bem atentas 43 entidades da sociedade civil organizada”. E lamentou a ausência de vereadores de Florianópolis no evento. “São servidores públicos. É preciso questionar e acompanhar as pautas efetivas que demandam esta impossibilidade de capacitação, e o mais intrigante, no quintal de casa. Cabe a proposição de uma agenda pública de cada vereador nas mínimas 40 horas semanais pelas quais são remunerados mensalmente”. A observação do coordenador, que é um especialista na matéria, chama atenção para um fato que, em geral, não repercute nos meios políticos, embora a mobilidade urbana seja um problema de todos, empresários, agentes públicos, trabalhadores, profissionais liberais, parlamentares e governantes. O engajamento em torno da questão deve ser amplo, coletivo, porque as soluções não dependem de ações isoladas, mas da articulação constante e determinada de quem detém poder de planejamento, gestão e decisão. Florianópolis tem uma das piores situações de mobilidade urbana no país. Só isso já justificaria a presença maciça de vereadores no evento e em outras iniciativas do gênero.
Não aprendem
Do leitor Alexandre Aguiar: “Florianópolis é muito precária na solução dos problemas do trânsito. É mais fácil ir à lua do que retirar um caminhão quebrado numa avenida”. O mais curioso é que as nossas autoridades não aprendem nada, absolutamente nada com as experiências do cotidiano. Acidente após acidente, pane após pane, continuamos na mesma: falta agilidade, falta um esquema de pronto atendimento, faltam guinchos preparados para ações rápidas.
Ponto errado
A propósito ainda da nossa mobilidade urbana, outro leitor, Eduardo Viecelli, observa sobre a Avenida Othon Gama d’Eça, que virou terra de ninguém: “O problema não é só de fiscalização! Tem ponto de táxi em local inapropriado que só atrapalha!”. Ele tem toda razão. O ponto, próximo à emergência do Hospital Celso Ramos, é mais um dos inúmeros puxadinhos urbanos de Florianópolis, praticamente colado à pista da movimentada via.