07 abr Alça de Contorno: uma novela sem fim
O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) liberou a licença de instalação dos trechos norte e sul da Alça de Contorno, no dia 23 de março. Agora, o prazo para a conclusão das obras é abril de 2018.
Uma das condicionantes para a licença é a exigência de que a Autopista comunique ao Ibama o início da obra 30 dias antes de iniciá-la. De acordo com a assessoria da concessionária, esse comunicado já ocorreu no dia 25 de março. “Já contratamos a empresa para construir a rodovia nesses trechos. As negociações com os moradores que precisam vender suas propriedades para a construção da Alça estão em andamento. Nosso objetivo é entregar a obra o mais rápido possível”, explica Marcos Guedes, gerente de planejamento estratégico da Autopista Litoral Sul.
A obra é dividida em três trechos. A licença do trecho intermediário, em São José, foi concedida pelo Ibama, em maio de 2014. O trecho possui 15,3 quilômetros. Já os trechos norte (Biguaçu) e sul (Palhoça) têm, respectivamente, 22,6 quilômetros e 11,4 quilômetros. De acordo com a Autopista Litoral sul, em São José a obra está dentro do cronograma e cerca de 40% já foi executada. As obras no local incluem terraplenagem, drenagem, construção de uma ponte, um viaduto, uma passagem em desnível e um trevo. Em relação às indenizações, 41% da área onde será construído a Alça de Contorno está liberada em trechos descontínuos.
A Alça de Contorno desviaria hoje mais de 20 mil veículos pesados por dia, nos trechos São José, Biguaçu e Palhoça da BR-101. Terá cerca de 50 quilômetros de pista dupla, seis trevos, 22 passagens em desnível, três viadutos, 12 pontes e oito túneis. Terá início no KM 177 da BR-101, no Vale do Rio Inferninho, em Biguaçu e final no KM 220, próximo à ponte do Rio Aririú, em Palhoça.
O presidente da AEMFLO e CDL-SJ, Marcos Souza, lamenta tantos atrasos. “A liberação do Ibama não significa que a construção será realizada, mas continuamos vigilantes para que a obra seja cumprida de acordo com o projeto”, declara e lembra que o descaso público já dura quase duas décadas e que o sentimento da sociedade é só um: decepção.
(Aemflo, 01/04/2015)