Permanência do Camelódromo da Baía Sul deve ser prorrogada em Florianópolis

Permanência do Camelódromo da Baía Sul deve ser prorrogada em Florianópolis

Um encontro entre representantes do município de Florianópolis, Acacif (Associação do Camelódromo Cidade de Florianópolis) e Justiça Federal encaminhou acordo entre as partes para prorrogar a permanência do Camelódromo Centro Sul no aterro da Baía Sul.

Uma decisão do juiz federal Hildo Nicolau Peron promulgada em agosto de 2013, após ação impetrada pela União – que tem o domínio sobre a área –, exigia a desocupação do local até amanhã, mas a reunião de ontem deu novo fôlego aos comerciantes.

De acordo com o procurador-geral do município, Alessandro Abreu, a decisão atende a um pedido da prefeitura, que ainda não encontrou uma solução definitiva para o imbróglio. “O município peticionou, dizendo da dificuldade em fazer a desocupação da área nesse momento, sem que haja conflito. Tivemos a reunião com o juiz (Hildo Peron), agora só falta o consentimento formalizado da União”, afirmou ainda no edifício da Justiça Federal.

Em contrapartida, o município se compromete em levar adiante parte do projeto Passarela Jardim, que prevê a construção de um shopping popular onde os camelôs poderiam ser realocados.

“Se vislumbrou a ideia de apresentar essa petição até que nós possamos dar início às obras e apresentar um novo cronograma, que está sendo atualizado em função das necessidades e também de situações de ordem financeira.

Caso seja oficialmente deferida, a prorrogação da permanência, nos comprometemos em apresentar um novo cronograma daqui duas semanas”, garantiu o procurador-geral.

A resolução entre as partes agrada o conjunto de comerciantes, como afirmou a presidente da Acacif, Rosemeri Rabelo, pouco antes da reunião: “Se o projeto for executado, com chance das pessoas que estão aqui dentro participar da licitação, iria acabar com essa história de ilegalidade que falam, mas que não existe.

A gente veio para essa área com autorização do município”. Ainda carente de despacho oficial, a decisão deverá ser publicada até amanhã, tendo em vista que o juiz Hildo Peron estabeleceu prazo de 24 horas para que a União se pronuncie a respeito da petição.

(ND, 25/02/2015)