02 fev Crise Hídrica – Perdas chegam a 33% no Estado
No começo da atual temporada de verão, a Casan divulgou investimentos na rede de distribuição que melhorariam em 25% a distribuição de água para o Norte da Ilha, região que historicamente sofre com o desabastecimento nessa época do ano.
No entanto, se a concessionária interrompesse as perdas no sistema da Capital, que chegaram a 33,72% em 2013, segundo levantamento do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), órgão ligado ao Ministério das Cidades, a probabilidade de faltar água para os moradores seria menor.
Tubulação antiga e com manutenção inadequada, além de interferências como ligações clandestinas são os principais problemas relacionados a perdas de água na distribuição.
O relatório do SNIS mostra que Santa Catarina está aumentando o percentual de perdas nos três últimos anos avaliados pela pesquisa, de 2011 a 2013. Além disso, auditorias do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC) também apontam uma perda de água bem acima do que é considerado bom pelo governo federal: 20%.
– Nos últimos anos, há um aumento dos indicadores, mas acredito que boa parte se deva a um controle melhor. Há 10 anos, os mecanismos de medição eram bem mais modestos e muitas distribuidoras tinham dificuldades para encontrar os vazamentos. Mesmo assim, o desperdício ainda é muito alto – conta Roberto Fleischmann, diretor de Atividades Especiais do TCE, que apontou uma perda de 41% do Sistema Integrado Florianópolis em 2011.
As perdas calculadas na distribuição são referentes à infraestrutura das concessionárias. Ou seja, são vazamentos que ocorrem desde a captação dos mananciais até antes de chegar no destino final, as residências, passando pelas estações de tratamento.
(DC, 01/02/2015)