23 fev A facada dos impostos
Santa Catarina continua vivendo o estigma das pontes. Em Gaspar, a Ponte do Vale, que ligará a Rodovia Jorge Lacerda à BR-470, vai completar na próxima semana um ano com as obras paralisadas.
A construtora contratada, Aterpa, abandonou os serviços por falta de pagamento do governo federal. Verbas prometidas até hoje não chegaram.
A facada dos impostos
A presidente Dilma Rousseff prometeu na campanha que não aumentaria a carga tributária. Começou o segundo mandato com reajuste de impostos e a volta das contribuições.
E, para agravar a traição política, elevou a carga de quem trabalha e produz, vetando o reajuste da tabela do imposto de renda de pessoas físicas. Garfada indireta de aumento dos tributos já superior a 70%.
O governador Raimundo Colombo também assumiu compromissos de não elevar impostos. No apagar das luzes da gestão anterior, assinou atos com pesados reajustes de taxas e contribuições. Decisão que passou em branco pela falta de oposição no Estado, mas que onerou a maioria da população.
O prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Junior, garantiu na campanha que não haveria aumento de impostos. Meteu-se nesta enrascada sem fim do IPTU e do ITBI, “negociou” com os vereadores a aprovação das leis do aumento e está há mais de um ano envolvido nesta polêmica política e judicial.
Os cidadãos que receberam os carnês andam apavorados, alguns até revoltados. Há casos de reajustes no IPTU de 63%, 90% e até mais de 100%. E a prefeitura insistindo que o reajuste não seria superior a 50%.
O ITBI é outro escândalo. Trabalhador que comprou apartamento do “Minha Casa, Minha Vida”, por R$ 200 mil, pagava 0,5% de ITBI, desembolsando R$ 1 mil.
Agora terá que recolher R$ 6 mil. Um profissional de classe média que adquiriu imóvel por R$ 500 mil pagava R$ 2,5 mil. Terá que desembolsar R$ 15 mil.
Resumindo: nos três níveis é só avanço no bolso dos contribuintes.
(DC, 22/02/2015)