19 jan Visita guiada deveria ser programa oficial
Visitas guiadas, formais ou informais, vêm se tornando muito comuns em Florianópolis, por causa das riquezas excepcionais da capital catarinense, ainda que boa parte da memória da cidade tenha se esvaído nas últimas décadas – um pouco porque o poder público estimulou (a”modernização” era palavra de ordem na prefeitura) ou porque se omitiu.
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Já participei de inúmeros eventos do gênero, em especial acompanhando estudantes ou amigos. É uma experiência fascinante, também chamada de flânerie, porque a gente aprende ou reaprende sobre as características mais relevantes da Capital caminhando e admirando pontos importantes.
E apesar de tudo restam importantes referências da nossa história, elementos que ajudam a compor a “alma da cidade”, como bem destacou o deputado Esperidião Amin (PP), em recente entrevista que me concedeu, citando especificamente o Imperial Hospital de Caridade, a Irmandade do Senhor Jesus dos Passos e a Procissão do Senhor Jesus dos Passos.
A “alma”, no caso, é aquilo que identifica, toca, apaixona e aproxima as pessoas que vivem em Florianópolis, nascidas ou incorporadas à essência local.
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Por serem tão importantes para a valorização da Capital, essas visitas guiadas que ocorrem hoje de maneira esporádica poderiam se transformar num programa oficial da prefeitura, via Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes e Secretaria de Turismo.
É uma ideia que já existe como iniciativa privada – o Floripa Walking Tour (literalmente, caminhada turística) –, mas que deveria ser assumida pelo poder público, voltada não apenas aos turistas, mas também aos moradores que apreciam a cidade e querem manter vivo o contato com a história e os personagens locais. Veja Mais!
(ND, 19/01/2015)