“Não há medidas indolores para a mobilidade em Florianópolis”

“Não há medidas indolores para a mobilidade em Florianópolis”

(Da coluna de Carlos Damião, ND, 23/01/2015)

Recebi do economista e velho amigo Sérgio Luiz da Silva algumas considerações sobre a abertura da coluna de quinta (22): “Quando viajo costumo gastar um tempo observando as engenhosidades das cidades em termos de ‘funcionamento’ dos equipamentos que atendem a população.

Os transportes e como os mesmos estão organizados atraem meu olhar. Nas cidades que tive o prazer de revisitar fora do Brasil pude constatar, invariavelmente, mudanças para melhor.

Em geral, medidas radicais para minimizar/excluir o transporte individual com carros e muitas ações para conforto no público. Não há medidas indolores, é certo, mas ações planejadas por pessoas competentes e comprometidas com as cidades.

Aqui (em Florianópolis) desde o período da minha graduação, o que ouço e leio são muitos discursos e, sem dúvida alguma, o que constato são retrocessos”. Sérgio Luiz da Silva adotou a questão dos transportes urbanos na região de Florianópolis como trabalho de conclusão do curso de economia na UFSC, em 1987.

“Em outras palavras, estudei a gestão de transportes para o propósito de induzir o uso adequado do solo e assim possibilitar ‘a vida da cidade’. O maior dos problemas de mobilidade na região decorre da forma como a cidade foi ‘pensada’.

Quando tratamos de transportes aqui, o que percebemos é uma inversão da ‘pauta’. Tenta-se apagar incêndio ou imaginam-se soluções pontuais. Está aí o SIM, uma grande falácia. Nessa balada, não tenho dúvidas, iremos a lugar algum – literalmente”.

(ND, 23/01/2015)