09 dez Vinicius Lummertz: “O que se quer são regras claras, e não esse calvário que afasta investidor”
Vinicius Lummertz: “O que se quer são regras claras, e não esse calvário que afasta investidor”Secretário Nacional de Políticas do Turismo debateu a importância do setor e as mudanças urgentes necessárias para fazer Florianópolis voltar a crescer no evento do Lide Santa Catarina na Capital
O Secretário Nacional de Políticas do Turismo, o catarinense Vinicius Lummertz, destacou a importância do setor pra o PIB do país e de Florianópolis durante o 1º Seminário Internacional de Turismo promovido pelo Lide Grupo de Líderes Empresariais de Santa Catarina segunda-feira 8, no Il Campanario Villaggio Resort, na Capital.
E também foi crítico: “O prefeito César Souza Junior admitiu que quem paga a conta da cidade é o turismo. Nossa exportação, nosso produto é o turismo. Mas não há reflexão do que fazer com isso, de como fazer que essa energia dirija o nosso futuro”, observou
Na avaliação de Lummertz, há preconceito contra a atividade econômica do turismo no país. Apesar do Brasil ter 110 milhões de passageiros circulando internamente por ano. “Somos o sexto país no planeta em turismo e temos o desejo de nos tornarmos o terceiro”, projetou.
Confira, a seguir, a entrevista exclusiva que ele concedeu para o Notícias do Dia após o terceiro painel do evento, do qual ele participou:
Conhecendo profundamente Santa Catarina, inclusive por ser do Estado, o que o senhor acha que falta para Florianópolis e a região conseguirem dar o salto desejado no turismo?
O turismo tem uma contribuição em Florianópolis de 20% do PIB da cidade, isso dá R$ 2 bilhões por ano. É muito dinheiro. Mas o modelo atual está muito concentrado no veranismo, em sol e mar, e nós precisamos desenvolver produtos para que estes recursos aumentem. Sejam maiores sem, no entanto, pesarem tanto sobre a infraestrutura da cidade.
Para isso nós precisamos desenvolver alternativas junto ao mar, de marinas, portos turísticos, usando as duas baías, que são o maior playground marítimo do Sul do Brasil. Nós temos que desenvolver a economia natural dos nossos parques.
Não só do Tabuleiro, que é continental, mas também dos parques insulares, Rio Vermelho, lá no Sul da Ilha, da Lagoa do Peri. Desenvolver isso como produto conceitual. Nós precisamos ter uma trilha que passe a cidade inteira, dá para cruzar como uma Transcarioca, no Rio de Janeiro. Nós temos que desenvolver produtos alternativos. Veja mais!
(ND, 09/12/2014)