Primeiros resultados do plano de mobilidade são apresentados em Florianópolis

Primeiros resultados do plano de mobilidade são apresentados em Florianópolis

Apenas 3% dos veículos que atravessam as pontes que ligam a Ilha ao Continente da Capital são ônibus e levam 10 mil pessoas por hora nas viagens.

Se os 240 coletivos que passam pelas travessias nos horários de pico transportassem as 18 mil pessoas que suportam, reduziria 6.200 automóveis por hora sobre as pontes. Essa é uma das primeiras análises divulgadas nesta sexta-feira pelo Plamus Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Grande Florianópolis.

O estudo envolve 13 municípios da Grande Florianópolis, 5.400 participantes e começou a ser feito em janeiro deste ano para fazer um panorama de como as pessoas se movem entre as cidades e propor soluções para os problemas enfrentados hoje.

O exemplo acima poderia ser uma solução para melhorar a mobilidade, principalmente nos horários de pico, e precisaria de boas condições e funcionamento do transporte coletivo. Mas, segundo Cláudia Martinelli, consultora de transporte do Plamus, o objetivo não é só fazer a análise do transporte, mas também a evolução de toda a estrutura urbana das cidades.

“As pesquisas subsidiam o diagnósticos e os modelos de simulações para testar as proposições que podem ser boas alternativas para os problemas”, explica. Por isso, as medidas não dizem respeito apenas ao transporte, mas a todos os fatores que envolvem mobilidade, como desenvolvimento urbano e integrações tarifárias.

Outra constatação do Plamus é que 70% das pessoas são obrigadas a passar pelo Ticen Terminal Integrado do Centro em suas viagens de ônibus, mostrando que o sistema está muito focado em apenas um terminal. “Não parece ser algo que otimize o sistema de transporte, por isso é importante repensar alternativas para isso”, comenta Cláudia.

Desde janeiro, foram verificados os locais que mais causam congestionamentos, a frequência e ocupação de pessoas nos ônibus, os horários e locais de maior embarque e desembarque. Foi constatado o excesso de pontos de ônibus próximos uns dos outros, as principais dificuldades de quem usa bicicleta, transporte coletivo, ou de quem se locomove a pé.

(ND, 28/11/2014)