Destinos turísticos, por Vinicius Lummertz

Destinos turísticos, por Vinicius Lummertz

A questão urbana é um desafio global. Desde 2008, mais da metade da população mundial passou a viver em cidades. Hoje, no Brasil, oito em cada 10 pessoas vivem em zonas urbanas. A projeção é que em 2050, 60% da população mundial estejam vivendo em cidades.

Por isso, não podemos adiar o debate sobre como tornar nossas cidade mais inteligentes – especialmente as de atividade turística e baseadas na economia de serviços. Em Florianópolis, fundamos as bases para este tema crescer.

O Ministério do Turismo e a SC Turismo assinam hoje a criação de um centro de inovação. Localizado no Sapiens Parque, ele deverá realizar estudos voltados ao desenvolvimento da atividade, apontar tendências e realizar projetos.

Há passos fundamentais para a transformação das cidades em smart cities, como a aplicação da tecnologia para melhorar gerenciamento, serviços públicos e bens coletivos.

Também é fundamental iniciar reflexão sobre adaptação e flexibilidade para encarar novos desafios urbanos, além da inteligência da cidade ligada ao reconhecimento das potencialidades e dos problemas – cidades inteligentes atraem talentos, turistas e investimentos.

Já vemos cidades assim na Coreia do Sul e no Japão, todas buscando uma escala mais humana e mais qualidade de vida. Mobilidade, segurança, uso dos espaços públicos e eficiência no uso de recursos naturais são temas centrais desta agenda.

As inovações tecnológicas e sociais estão no cerne da ideia porque permitem, além de resolver problemas tipicamente urbanos, facilitar os deslocamentos e melhorar as experiências de moradores e turistas.

Para o turismo há diversas aplicações possíveis de ações ligadas ao tema. Totens, aplicativos, mobiliários urbanos com informação acoplada são algumas possibilidades.

Experiências com realidade aumentada para interpretação do patrimônio cultural também são um recurso inovador que pode ser utilizado no desafio de tornar a vivência turística ainda mais interessante. A criação deste centro de inovação deve integrar turismo e inovação, promovendo cidades inteligentes e criativas, fortalecendo o turismo de toda a região.

*SECRETÁRIO DE POLÍTICAS DO MINISTÉRIO DO TURISMO

(DC, 19/12/2014)