01 dez Baixo astral na Câmara de Vereadores de Florianópolis
O clima de fim de ano na Câmara de Florianópolis não é dos melhores, por causa da Operação Ave de Rapina, que resultou na prisão de um vereador – Marcos Aurélio Espíndola (Badeko) – e no indiciamento de outro, o ex-presidente da Casa, Cesar Faria, ambos do PSD.
A autoestima dos servidores está em baixa e não há, até o momento, nada que possa recolocá-la nas alturas. Talvez o recesso contribua para melhorar o astral. Há preocupação entre muitos vereadores e funcionários no sentido de se recuperar também a imagem do Legislativo, seriamente abalada pelos desdobramentos da operação da Polícia Federal. Desde a Moeda Verde, em 2007, não ocorria um fato tão impactante na Câmara, colocando em dúvida a honorabilidade, a credibilidade e a legitimidade dos mandatos.
Mas é preciso não generalizar ou pré-julgar, porque há bons vereadores, comprometidos com a cidade. O que houve com a Ave de Rapina talvez tenha sido o início de um processo de “depuração”, a que precisava ser submetido o Legislativo, há muito tempo.
Muitas coisas corriam frouxas, o balcão de negócios, pilotado por alguns parlamentares, era visível e vergonhoso. O que anima funcionários e um contingente razoável de vereadores é a virada de página, que deve ocorrer nos próximos meses, depois de apuradas as responsabilidades e aplicadas, caso assim decida o plenário, as penalidades necessárias.
Comprometimento
Outra instituição de Florianópolis que precisa de uma sacudida urgente é a Guarda Municipal. Leitor César Murilo Jacques lembra que não é de hoje o envolvimento da GMF com questões político-partidárias. E circulam na internet imagens dos guardas implicados na Operação Ave de Rapina trabalhando – sem farda – na campanha do PMDB para o Senado, Assembleia e Câmara dos Deputados.
(ND, 01/12/2014)