Afastamento, licença ou renúncia

Afastamento, licença ou renúncia

O relatório do Ministério Público de Santa Catarina, divulgado na quarta (10), denuncia 13 dos investigados pela Operação Ave de Rapina e pede à justiça que decrete o afastamento imediato de dois vereadores – Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko, e Cesar Faria, ex-presidente da Câmara, ambos do PSD.

Ou seja, o MPSC acatou parcialmente os elementos contidos nos inquéritos da Polícia Federal e aguarda mais informações e provas que possam municiar eventual denúncia contra os outros indiciados pela Polícia Federal, inclusive outros vereadores.

Afastar os parlamentares implicados na Operação Ave de Rapina parece-nos mais do que apropriado, até que a Justiça se pronuncie em julgamento final, condenando ou absolvendo os acusados.

Sugerimos aqui, na semana passada, que os vereadores pedissem licença de seus cargos, abrindo espaço para os suplentes, enquanto aguardam a palavra definitiva do Judiciário.

Não é só de bom tom, é uma forma de facilitar o processo e, em especial, destravar o ritmo de trabalhos na Câmara. A cidade não pode parar por causa dos desdobramentos da operação.

Afastamento, licença ou renúncia, são as três saídas honrosas, a não ser que os acusados prefiram esperar a cassação, caso sejam condenados.

(ND, 12/12/2014)