25 nov Vias de acesso e saída alcançam a capacidade máxima em Florianópolis
PLANO DE MOBILIDADE Urbana comprova a realidade diária dos moradores que trafegam por 13 municípios da região: entrar na Ilha chegou a 99% de saturação e a BR-101 e a BR-282 atingem percentuais entre 80% e 90%
Novos dados sobre mobilidade urbana comprovam o que os moradores da Grande Florianópolis vivenciam diariamente: as vias de acesso e de saída da Ilha apresentam altos níveis de saturação e há carros demais para a estrutura existente. A Ponte Colombo Salles está com 99% de saturação. A Beira-Mar Norte com 84%. E a BR-101, entre Biguaçu e São José, com 93%.
São números preliminares do Plano de Mobilidade Urbana da Grande Florianópolis (Plamus). Eles mostram que na região o deslocamento feito por carros e motocicletas corresponde a 48% do total. A concentração de automóveis é duas vezes maior que o da região metropolitana de Belo Horizonte e superior às de Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, de acordo com o índice de mobilidade usado pelas consultorias que elaboraram o estudo.
FALTA INCENTIVO PARA O TRANSPORTE COLETIVO
Entre os motivos apontados para o maior uso do transporte individual na região está o padrão de urbanização das cidades, somado à falta de incentivos para uso do transporte coletivo e de outros meios, como ir a pé ou de bicicleta.
No transporte coletivo, além da baixa frequência e irregularidade, as viagens de ônibus levam em média 15 minutos a mais do que as de carro.
– Isso permite dimensionar melhor as linhas existentes de transporte público, alterar essas linhas, criar novas e questionar os próprios modais existentes – afirma o arquiteto e urbanista Elson Pereira, professor da UFSC.
Outra solução evidente, segundo ele, é a construção de uma nova ponte a longo prazo.
– É uma questão de segurança. A partir do momento que você fecha a única entrada da Ilha, você pode criar o caos – afirma.
(DC, 25/11/2014)