28 nov Vereadores de Florianópolis contestam lista apreendida pela PF com empresário indiciado
Cinco vereadores de Florianópolis procuraram na manhã desta quinta-feira (27) a RIC TV e o Notícias do Dia, após o jornal divulgar a lista de parlamentares apreendida pela Polícia Federal na sede da empresa Visual Brasil, de Adriano Nunes.
As informações do documento foram utilizadas no interrogatório de Nunes, um dos indiciados da Operação Ave de Rapina. O empresário do ramo de mídia exterior é apontado por ter efetuado suposto pagamento de propina para desconfigurar o projeto de lei Cidade Limpa, que visava acabar com os outdoors na Capital.
Dalmo Meneses (PP), Tiago Silva (PDT), Ricardo Camargo (sem partido), Pedro de Assis Silvestre – o Pedrão (PP), e Marcelo da Intendência (PMDB) voltaram a negar recebimento de qualquer vantagem do empresário e dizem que a divulgação do documento prejudica suas imagens diante do eleitorado.
Além deles, Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PSD), preso no Complexo da Agronômica, Cesar Faria (PSD), Erádio Manoel Gonçalves (PSD), Aldérico Furlan (PSC) estão entre os citados no documento. Apenas Badeko e Faria foram indiciados.
No auto de qualificação e interrogatório de Nunes, colhido no último dia 21 de novembro, a polícia questiona se foram efetuados pagamentos aos vereadores, apontando a lista com nomes e valores que variam entre R$ 5 mil a R$ 100 dependendo do parlamentar.
Fato que foi negado pelo empresário, que segue detido na Agronômica. “Nós não fomos indiciados, nem investigados, não tem cabimento esta lista”, disse Tiago Silva. “O próprio empresário nega que fez os pagamentos no interrogatório”, emendou.
Ricardo Camargo disse que não existem motivos para seu nome aparecer na lista. “Eu não votei neste projeto, nem nas comissões, nem em plenário, eu não estava na Câmara”, disse. Dalmo Meneses alegou que a informação não era verdadeira. “Do jeito que foi colocado, parece que recebemos dinheiro por um projeto que sequer foi aprovado. Que empresário pagaria propina para um projeto que não vale?”, questionou. Veja mais!
(ND, 27/11/2014)