28 nov Mobilidade, por quem vive o problema
“Segundo os dados preliminares do Plamus (Plano de Mobilidade Urbana Sustentável), são 0,66 carros por habitante só na Capital e 0,62 em toda região metropolitana.
Quando comparada a outras regiões metropolitanas, a Grande Florianópolis tem a maior participação do automóvel na mobilidade das pessoas”, registrou reportagem de Letícia Mathias, no ND de quinta (27).
Completando: “Quase metade dos deslocamentos é feita de automóvel (48%), superando em quase o dobro os índices do Rio, São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Porto Alegre”.
Ao conversar com três motoristas de ônibus que trabalham no sistema de Florianópolis, ouvi deles três constatações óbvias, mas indispensáveis, de quem conhece os problemas de perto: o excesso de automóveis nas ruas prejudica a circulação dos coletivos e a qualidade dos serviços prestados;
o sistema só será eficiente quando a região metropolitana receber modais auxiliares (transporte marítimo, veículo leve sobre trilhos); finalmente, é necessária a implantação de calhas exclusivas para ônibus nos principais eixos de ligação: Ilha-Continente, Beira-Mar Norte; Mauro Ramos; SC-401, SC-405, entre outras vias. O problema é que todas as soluções dependem de intervenções urgentes – e algumas muito caras – do poder público.
(ND, 28/11/2014)