25 nov Ex-presidente da Câmara de Florianópolis era chamado de “padrinho” por acusados de corrupção
Apontado como líder na organização criminosa instalada no Legislativo e na Prefeitura de Florianópolis, o ex-presidente da Câmara de Vereadores, César Faria (PSD), era chamado de “padrinho” pelos membros do grupo, como mostram as interceptações da Polícia Federal na Operação Ave de Rapina.
O inquérito revela uma série de encontros entre Faria e os acusados, e sugere que o parlamentar tinha “poder para exigir explicações dos integrantes”. As investigações sobre as duas empresas são denominadas “evento Kopp-Focalle”. O rastro do dinheiro ainda aponta para contratos entre Focalle e Artmil – empresa de fachada – que fornecia conta bancária para movimentações financeiras do esquema.
“Está sacramentada a atuação do presidente do Legislativo municipal no pagamento e recebimento de vantagem indevida, ocorrido no fato delitivo [corrupção ativa e passiva] denominado evento Kopp-Focalle”, diz o inquérito.
Reprodução inquérito PF/ND
Ex-presidente da Câmara (em destaque) em encontro com empresários. Na foto à direita, o parlamentar está ao lado de Júlio Caju (de frente) e José Norberto D’agostini (de óculos) acompanhado do filho José D’agostini Neto (encoberto)
O evento Kopp-Focalle liga César Faria e os funcionários da Guarda Municipal e do Ipuf (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) Júlio Pereira Machado, o Júlio Caju, Adriano João de Melo, Theo Mattos dos Santos e Jean Carlos Viana ao diretor da Kopp, Décio Stangherlin, o “Marinho”, e o empresário da Focalle José D’agostini Neto, o Neto. A organização criminosa mantinha comunicação frequente com os executivos para tratar de contratos e aditivos.
Encontros entre os agentes da Guarda Municipal, César Faria e os empresários foram confirmados pelas investigações. No dia 28 de julho deste ano, Júlio Caju recebeu Neto no gabinete da Presidência da […] Veja mais!
(ND, 25/11/2014)