19 nov Escutas telefônicas da Operação Ave de Rapina mostram diálogos entre vereador e empresário
Um documento com transcrições das interceptações telefônicas realizadas pela Operação Ave de Rapina, desencadeada pela PF (Polícia Federal) em 12 de novembro, revelou indícios de que o esquema de corrupção com origem no Executivo, Legislativo e em setores empresariais teria como uma das principais lideranças o vereador Marcos Aurélio Espíndola, o Badeko (PSD).
Ele e outros dez investigados pela PF estão presos na Central de Triagem da Agronômica desde o dia 12 de novembro, quando a operação cumpriu 38 mandados de busca e apreensão, 14 de prisão preventiva e cinco de condução coercitiva.
Trechos do documento, divulgado nesta terça-feira (18) pela RBS TV, mostram detalhes de um diálogo entre o parlamentar e um empresário não identificado, que seria o delator do esquema na PF. No mesmo inquérito da Operação Ave de Rapina, a PF informou que foram quebrados sigilos fiscais de alguns dos denunciados para averiguar possível enriquecimento ilícito.
No documento, há trechos de uma gravação telefônica feita pelo próprio empresário que procurou a PF com a alegação de que estaria sendo coagido a participar do esquema. Na interceptação, Badeko cita o nome do empresário Adriano Fernando Nunes, dono da empresa Visual Brasil, e único foragido da Operação Ave de Rapina.
O delegado Allan Dias, responsável pelo caso, disse em entrevista ao ND que Nunes seria o elo de ligação entre Badeko e outros empresários envolvidos no esquema que causou pelo menos R$ 30 milhões de prejuízo aos cofres públicos.
De acordo com a investigação da PF, Badeko e Nunes teriam tentado coagir um empresário para que o mesmo pagasse propina em troca de emendas no projeto de lei Cidade Limpa, que pretendia ...Veja mais!
(ND, 18/11/2014)